Um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Ouro Sujo, deflagrada nesta terça-feira (2), usou a conta bancária da filha de 9 anos para movimentar quase R$ 10 milhões em dois anos. O alvo da operação, que está preso, não teve o nome divulgado.
Ao todo, segundo a PF, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária expedidos pela 5ª Vara Federal de Cuiabá.
O grupo investigado, que atuava nas cidades de Pontes e Lacerda e Vila Bela de Santíssima Trindade, realizou movimentações financeiras suspeitas que atingiram o montante de R$ 100 milhões em menos de cinco anos.
Na operação, a Polícia Federal busca arrecadar provas para aprofundar a investigação e apreender o patrimônio adquirido por meio do crime. A Justiça Federal também determinou o sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias e até a suspensão das atividades de uma empresa que estaria atuando como se fosse uma instituição financeira clandestina em Pontes e Lacerda.
O nome Operação Ouro Sujo é referência a clandestinidade da extração e comercialização do ouro.
PAPAGAIO DE OURO
Ainda nesta terça-feira, policiais federal deflagraram a Operação Papagaio de Ouro 3. Os agentes cumpriram treze mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária em Cuiabá, Várzea Grande, Pontes e Lacerda e Peixoto de Azevedo. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Cáceres/MT.
Essa investigação é desdobramento da Operação Papagaio de Ouro, que foi deflagrada em 2020 e prendeu os responsáveis por um garimpo clandestino em Nova Lacerda, havendo suspeitas que tenham extraído e comercializado mais de uma tonelada de ouro de forma ilícita.