A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17) a segunda fase da Operação Margens Plácidas, com o objetivo de desarticular uma célula criminosa especializada no tráfico de drogas a partir da fronteira do Mato Grosso com a Bolívia.
Foram cumpridos cinco mandados de busca em Cuiabá, Tangará da Serra, Sinop e São Paulo, com o emprego de cerca de 22 policiais federais. O principal investigado foi preso, no entanto, por policiais federais na cidade do Rio de Janeiro.
As investigações tiveram início a partir de informações de que um indivíduo estaria utilizando documento de identidade falso para gerir empresa cuja conta bancária servia para movimentar valores em proveito do tráfico. O documento utilizado seria de um “laranja” e a empresa serviria para ocultar a identidade dos verdadeiros perpetradores do crime.
Outros suspeitos atuariam na manutenção da estrutura usada para dissimular a origem dos valores auferidos com a prática do delito, figurando como sócios ou proprietários de empresas de fachada e usufruindo dos valores obtidos de forma ilegal.
Por meio de análise financeira, foi possível constatar que o líder do grupo teria sido o articulador do transporte de 330 quilos de cocaína apreendidos pelo Grupo Especial de Fronteira – Gefron em outubro de 2020 na cidade de Barra do Bugres. Naquela ocasião, apenas o motorista foi preso e conduzido para a Superintendência Regional de Polícia Federal em Mato Grosso para lavratura do flagrante.
Os responsáveis pelas condutas delitivas investigadas, serão indiciados pela prática dos crimes previstos no art. 33 da Lei nº 11.343/2006 , art. 1º da Lei nº 9.613/98 e arts. 288 e 304 do Código Penal.
As investigações seguem diretriz de trabalho pautada pela identificação de lideranças e descapitalização do grupo criminoso. O nome da operação faz alusão à faixa de fronteira do estado de Mato Grosso e aos esforços voltados à manutenção da ordem e da paz na região.