Irmã de réu diz que sente 'vergonha' pelo crime e afirma que ele é 'menino bom' em Acorizal

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+ Polícia
Quarta, 12 Julho 2023 | GazetaDigital
Irmã de Claudiomar Martins Figueiredo, acusado de matar João Victor Mamoré, 16, em Acorizal (62 km ao norte de Cuiabá), Claudete Figueiredo, disse em depoimento que sente “vergonha” do que o irmão fez e só acredita porque ele confessou à família o crime. Claudete foi uma das testemunhas ouvidas na primeira audiência sobre o caso, na 14ª Vara Criminal de Cuiabá, na tarde de quinta-feira (6).
Em denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Claudiomar, mais conhecido como “Cacau” do vilarejo 3 Báus, é apontado como o autor de 9 tiros contra João Victor. Vítima estava sentada em um banco da praça, quando foi morto em 2019. Além do réu, Reginaldo Rosa é apontado como o mandante do crime e Moacir Galdino da Trindade, coautor.
Irmã de Cacau mostrou firmeza em sua fala e certa revolta com familiares de João Victor, que estava assistindo à audiência. Segundo Claudete, o irmão e a vítima tinham uma “rixa” e o que motivou Cacau a cometer o crime foram constantes ameaças que estava recebendo.
Para ela, o irmão se “ferrou” por assumir o crime sozinho e ela só acredita que foi ele, porque o próprio assumiu à família. Contou ainda, em juízo, que Cacau é usuário de drogas, mas nunca precisou roubar ninguém para sustentar o vício dizendo que é um “menino bom”.
“Ele sempre morou com minha mãe, aliás foi o único que sempre morou. Rapaz [João Victor] vinha ameaçando e ele estava cansado disso. A família toda sabe que ele é usuário, mas ele nunca precisou roubar para sustentar o vício. Ele sempre trabalhou e comprou com dinheiro honesto, mesmo sendo um vício. Ele é um menino bom, trabalhador, nunca se envolveu em crimes, tem ficha limpa. Vou falar a verdade, eu não acreditaria se me dissessem que ele matou o João, só acredito porque ele confessou para gente. Em nome da minha mãe, tenho até vergonha de dizer que ele fez isso, mas estamos ajudando ele em tudo, ajuntamos a família para pagar advogado e tudo”, disse.
Na primeira audiência não houve tempo para ouvir todas as testemunhas e uma nova sessão será marcada para seguir o julgamento. 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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