O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, negou o pedido de revogação da prisão de Cristiano Alves Damasceno, um dos 29 denunciados pelo Ministério Público no âmbito da Operação Castelo de Areia, que mirou um grupo envolvido com atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas no município de Rosário Oeste (a 103 km de Cuiabá). Cristiano foi apontado como um dos gerentes do Comando Vermelho e teria atuado como “disciplina”, aquele que aplica correções em nome da facção.
A operação foi deflagrada em janeiro de 2023 e um dos principais alvos foi Henrique Gabriel Alves de Almeida, conhecido como "Príncipe” ou "Magnata”. Ele seria o responsável por gerenciar a venda de entorpecentes e é a ‘voz’ e o centro financeiro das atividades de tráfico.
Cristiano era um dos membros da organização e foi denunciado junto com outros 28 suspeitos. A defesa dele entrou com pedido de revogação da prisão preventiva, alegando extemporaneidade os fatos e que medidas cautelares seriam suficientes para manter a ordem pública.
O magistrado, porém, discordou. Ele pontuou que Cristiano foi denunciado por integrar o Comando Vermelho nas funções de gerente e disciplina, e considerou que os indícios de materialidade e autoria foram bem apontados.
“O increpado foi denunciado pela suposta prática de crime permanente e o decreto prisional se justifica na necessidade, ainda atual, de obstar as ações da organização criminosa e evitar a reiteração delitiva”.
Por entender que não há ilegalidade na decisão que decretou a prisão, que justificasse a revogação da medida, ele indeferiu o pedido de Cristiano.