'Gangue do guarda-sol' furtou R$ 35 mil em Rosário Oeste; no total foram mais de 1 milhão de reais, diz polícia
A quadrilha que usava um guarda-sol para furtar agências bancárias em Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso conseguiu cerca de R$ 1,5 milhão com os crimes. Segundo o delegado responsável pelo caso, Alberto Rossi, parte do dinheiro foi usada pelos suspeitos na compra de cinco carros novos, além de casas nos dois estados. Os 15 suspeitos, que foram presos na última sexta-feira (14), foram apresentados na manhã desta quarta-feira (19), na sede da delegacia do Grupo Armado de Repressão a Roubos Assaltos e Sequestros (Garras), em Campo Grande.
Além dos carros, a polícia apreendeu com o grupo, três marretas, dois transformadores, 20 aparelhos celulares,chips, moedas e um mapa.
Rossi informou ao G1 que as ações do grupo duravam dois dias e eram realizadas sempre aos finais de semana, e à noite. Eles quebravam as paredes da agência em um dia e no outro entravam no local para roubar. A quadrilha quebrava as paredes a marretadas e abria os cofres com maçaricos e com furadeiras de alta pressão.
Os suspeitos usavam ainda um guarda-sol para não serem identificados pelas câmeras de segurança e para driblar os sensores de presença das agências.
Quinze pessoas foram presas, onze em Campo Grande e quatro no PR. Suspeitos adquiriram cinco carros novos e casas nos dois estados.
Entre os presos, há três mulheres e um um deficiente físico. Segundo a polícia, cinco deles pertencem a uma única família, que morava em uma chácara no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.
Ainda segundo o delegado, entre março e junho deste ano, os suspeitos tentaram furtar seis agências em Mato Grosso do Sul, mas conseguiram levar dinheiro de apenas um caixa. Eles furtaram também duas armas de vigilantes.
Segundo informações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Mato Grosso, oito agências bancárias foram invadidas pela quadrilha. Na agência do município de Nova Olímpia a quadrilha furtou R$ 120 mil, e em Rosário Oeste levou R$ 35 mil.
As investigações duraram três meses. Onze suspeitos foram presos em Campo Grande, outros quatro foram identificados e trazidos das cidades de Corbélia e Cascavel, no Paraná. A polícia também identificou mais sete pessoas que ainda não foram presas.
A prisão dos suspeitos foi realizada pelo Garras, da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, e pela GCCO, da Polícia Civil de Mato Grosso. Os suspeitos serão investigados pelos crimes de furto e de formação de quadrilha.