MPE denuncia policiais por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de jovem ex-morador de Jangada
O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia, contra os policiais militares, Odjarma Jesus de Almeida, Luan Antoniel da Cruz Gomes e Jucival Claro da Silva, que são acusados de assassinarem e ocultarem o corpo de Ronaldo Vargas da Cunha, 25, que está desaparecido desde o dia 13 de dezembro de 2016 , na cidade de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá).
De acordo com a denúncia, os policiais que foram presos, no último dia 11 de março, podem responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, por motivo fútil (vingança).
A denúncia é assinada pelo promotor Lisandro Alberto Ledesma. A acusação foi oferecida no último dia 15 de março, pela Vara única de Rosário Oeste e recebida pela juíza Sabrina Andrade Galdino Rodrigues, no último dia 17.
A denúncia aponta que uma das testemunhas relatou que dias antes de seu desaparecimento, Ronaldo contou que Odjarma teria o ameaçado e prometido sumir com seu corpo para que a família nunca mais encontrasse. Passados três meses do sumiço, a família continua sem qualquer notícia sobre o paradeiro do jovem.
“Diante do exposto, presente a materialidade e os indícios mínimos de autoria, bem como preenchendo a inicial acusatória os requisitos do art. 41 do CPP, recebo a denúncia na forma interposta em juízo, oferecida contra Odjarma Jesus de Almeida, Jucival Claro da Silva e Luan Antoniel da Cruz Gomes”, diz o trecho da denúncia.
Inquérito
No último dia 8 de março, o inquérito policial que apurava o desaparecimento do jovem foi concluído pela Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Fabiano Pitoscia.
No final da apuração, foi representado pela prisão preventiva de três policiais militares, apontados nas investigações como os responsáveis pelo desaparecimento de Ronaldo, após ser abordado por uma viatura da Polícia Militar.
A ordem de prisão foi decretada pela Comarca de Rosário Oeste e cumprida pela Corregedoria da Polícia Militar em conjunto com a Polícia Civil.
No inquérito os militares estão indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O caso
No local da abordagem e onde Ronaldo foi visto pela última vez foi encontrada a bicicleta que ele usava.
Duas testemunhas disseram que viram o rapaz entrar na viatura, assim como outras provas coletadas ao longo da investigação, que embasaram o inquérito.
De acordo com a corregedoria da PM, os policiais já estavam afastados das atividades operacionais desde a denúncia e abertura de procedimento investigatório pela corporação.
Agora eles estão à disposição da Justiça.