Dez pessoas são presas durante operação contra invasores de terras em MT
Dez suspeitos foram presos durante uma operação deflagrada no domingo (18) pelas polícias Civil e Militar em Jauru e Pontes e Lacerda, a 463 km e 483 km de Cuiabá, respectivamente, contra um bando armado que invadia terras da região. De acordo com a polícia, durante a operação, foram apreendidas 10 armas de fogo (revólveres e espingardas) e 157 munições.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. Além disso, três dos investigados e outras quatro pessoas foram presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo e munições.
Chamada de "Grillus", a ação visava desarticular uma associação criminosa armada que agia na região - principalmente na zona rural de Jauru - e que estaria amedrontando proprietários de terras e seus colaboradores.
Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos mandados de prisão contra Juvenal Cassimir dos Santos (apontado como o líder do grupo), a mulher dele, Iracema Emília dos Santos, e os filhos do casal: Jeremias Otoniel dos Santos e Josielson Eliel dos Santos. Também tiveram mandados cumpridos os suspeitos Kellinton Rafael de Souza e Welison Antônio de Araújo.
Em flagrante, foram presos Zeneide Alves de Souza, Claudemir Gaspar, Carlos Roberto do Nascimento, e Valdenir Bezerra de Souza, sendo que estes passaram a ser investigados por supostamente integrarem o bando armado. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.
Denúncias
Segundo a polícia, a maior parte das denúncias vem da região conhecida como “Areião”, em Jauru. Segundo relatos, invasores, liderados por Juvenal e seus familiares, usavam arma de fogo e faziam ameaças para expulsar colaboradores dos donos das terras, sob o argumento de que as propriedades não lhes pertenciam.
As investigações apontaram envolvimento dos detidos nos crimes de associação criminosa armada, esbulho possessório, posse ilegal de arma de fogo e munições, crimes ambientais e denunciação caluniosa.
Durante a ação foram apreendidos documentos supostamente utilizados para “esquentar” a posse das terras invadidas pelos suspeitos, motoserras, acessórios de munição, além de armas de fogo e munições utilizadas pelo bando.
