Deputados federais petistas como Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro condenado por corrupção, José Dirceu, Maria do Rosário (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) usaram as redes sociais para defender a deputada federal mato-grossense Rosa Neide (PT). Eles criticaram a forma como a justiça de Mato grosso agiu, determinando uma busca e apreensão na residência da parlamentar, durante deflagração da operação Fake Delivery nesta segunda-feira (19). Para os correligionários, a medida foi arbitrária e incentivada pelo ministro da Justiça Sérgio Moro.
“Toda nossa solidariedade à companheira Rosa Neide, deputada federal pelo PT-MT. Hoje sua casa foi invadida numa medida arbitrária, com nítido caráter de polícia política, como tem agido forças do aparato de Estado sob o comando e incentivo de Bolsonaro e Moro”, disse a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) em sua conta no Twitter.
Para o filho do ex-ministro José Dirceu, deputado Zeca Dirceu, o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro Sérgio Moro estão perseguindo Rosa Neide por ela ser uma das maiores defensoras da educação no Congresso Nacional.
“Total Solidariedade a deputada Rosa Neide, que teve sua casa invadida ilegalmente hoje. Bolsonaro e Moro fazem isso, por simples motivo. Rosa Neide é uma das maiores defensoras da educação pública gratuita e de qualidade. Lei do abuso de autoridades neles já”, afirmou.
Já a deputada gaúcha Maria do Rosário (PT-RS), classificou a ação da Polícia Civil na residência de Rosa Neide como espetáculo e ironizou a operação, dizendo que o seu único crime é defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Mais abuso de autoridade. A professora Rosa Neide, deputada federal não tem nada contra sua pessoa, mas isso não impediu o espetáculo de hoje no Mato Grosso. O crime dela é ser Lulista, PT e comunista”, disse.
Para presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), o mandado de busca é uma perseguição, visto que Rosa Neide não é investigada e já se colocou a disposição da justiça. "Toda minha solidariedade com a deputada Rosa Neide, que hoje sofreu com mais um exemplo de abuso de autoridade e perseguição. Porque fazer uma busca em sua residência se a deputada sequer é investigada e já se colocou à disposição das autoridades?", questionou.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Administração Pública (Defaz) realizou a busca e apreensão na casa da parlamentar, em um condomínio de luxo na capital, para apurar um suposto esquema de aquisição de materiais destinados a escolas indígenas que teria desviado R$ 1,1 milhão dos cofres públicos, no período em que Rosa Neide era secretária de Educação do Estado, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, condenado por corrupção.
O então secretário Adjunto de Administração Sistêmica, à época, Francisvaldo Pereira de Assunção foi preso pela manhã em um posto da Polícia Rodoviária Federal na BR-364, enquanto realizada uma viagem.