Ezequiel Fonseca anuncia rompimento com a base do Governo SilvalA bancada do PP na Assembleia Legislativa decidiu deixar a base do governador Silval Barbosa (PMDB) e partir para a independência, após os membros da sigla se cansarem de esperar por novos cargos.
A decisão foi tomada em uma reunião da cúpula partidária, na última sexta-feira (12), e ainda não foi comunicada oficialmente ao governador.
“Entregamos a Secretaria de Saúde há mais de 60 dias e o governador ainda não definiu um novo espaço para o PP. Ele ficou de avaliar, mas nunca nos deu resposta. Se não tem espaço, não tem problema. Mas, não vamos esperar até 2015 por uma resposta dele", afirmou o presidente regional da sigla, deputado estadual Ezequiel Fonseca.
O parlamentar reclamou, também, da falta de atendimento do Governo às demandas da região Oeste do Estado.
“Nossa região está com problemas sérios nas estradas, sempre morre alguém por falta de trafegabilidade. Enquanto isso, aprovamos um empréstimo de R$ 260 milhões junto ao BNDES, há mais de 6 meses, para recuperação de estradas na região e o Governo não licitou até hoje. Estou sem ambiente para trabalhar na minha região, as pessoas me cobram e não tenho resposta para dar”, reclamou.
“Desse modo, não nos vemos na obrigação de continuar votando de acordo com as necessidades do governo. Seremos independentes na Assembleia. A bancada está liberada para votar de acordo com a consciência”, disse
"Veto do Detran"
Além do presidente, compõe a bancada do PP o deputado Antônio Azambuja. Uma das primeiras medidas a serem tomadas pelos parlamentares na volta do recesso parlamentar será votar pela derrubada do chamado “Veto do Detran”.
Trata-se do projeto que destina 50% da arrecadação das taxas e 40% das multas ao próprio órgão arrecadador, entre eles, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
O PP, atualmente, comanda somente uma secretaria-adjunta, na pasta de Esportes, ocupada por José de Assis Guaresqui, que era o titular da pasta e foi rebaixado a adjunto em janeiro deste ano.
Apesar de ter indicado o secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima (PP), em janeiro deste ano, a direção do PP entrou em conflito com o secretário e “pediu sua cabeça” ao governador.
Diante da recusa de Silval em substituir o secretário, a sigla passou a cobrar um novo espaço dentro do governo.
A despeito da briga com o titular Mauri, o partido detinha o comando da Secretaria-adjunta Executiva, com Edson Paulino de Oliveira, o “Pelezinho”, que foi exonerado há quase um mês. Outros indicados também foram exonerados da pasta.