Taques diz que pode deixar a política em 2018Apesar das seguidas viagens ao interior do Estado e das inúmeras reuniões com lideranças partidárias o senador Pedro Taques não admite falar que é candidato ao governo do Estado em 2014. Adotando a estratégia de outro senador, Blairo Maggi (PR), ele prefere oficialmente dizer que estuda a possibilidade de uma candidatura e que se for candidato só anunciará em 2014.
Na onda do suspense, principalmente depois das manifestações do povo brasileira contra a corrupção e a política de interesses instalada no Congresso, o senador Pedro Taques aproveitou um encontro neste semana com os médicos no Conselho Regional de Medicina para afirmar que cogita até mesmo deixar a vida pública e voltar a advogar e trabalhar como professor universitário, ao encerrar seu mandato em 2018
“Estou fazendo uma profunda reflexão sobre a voz que vem das ruas [em manifestações populares]. E ela diz que política tem que ser missão. Talvez por isso, eu encerre meu ciclo e não seja mais candidato a nada”, disse deixando a platéia desconcertada.
Levantando a bandeira da responsabilidade política, Taques disse que vem trabalhando sério no Senado, com honestidade e que uma de suas principais metas é contribuir para o fim da corrupção no serviço público. Assegura contar com apenas 20 colaboradores, sendo dez no Senado, em Brasília e dez em Cuiabá, que se desdobram nas atividades do parlamentar. “Não quero estar na mesma vala comum de outros políticos. A honestidade é fundamental. Trabalho com poucas pessoas e ainda devolvo a parte de sobra da verba indenizatória de meu gabinete. Eu tenho direito a ter 50 assessores, mas acho desnecessário isso”, declarou.
Apesar dos despistes, analista que acompanham a trajetória de Pedro Taques e suas constantes reuniões no interior do Estado asseguram que o discurso não passa de uma mera “estratégia eleitoral” visando o fortalecimento de seu nome como “paladino da política” e, desta forma, se fortalecer para uma campanha ao governo do Estado.