Botelho estuda convidar Zaque e Galindo para falar sobre denúncias
O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), afirmou hoje (15) que a existência de escutas ilegais envolvendo a Polícia Militar é um atentado contra a democracia que deve ser apurado com rigor pelas autoridades competentes e pelo próprio Parlamento. Além disso, garantiu que vai atuar em defesa da deputada estadual Janaina Riva (PMDB), apontada como alvo dos grampos.
“Grampo ilegal é um grande atentado contra a nossa democracia. Como cidadão e como presidente deste Poder, não posso admitir que isso ocorra em Mato Grosso, especialmente contra uma representante eleita, no caso da colega deputada Janaina Riva. Vamos atuar em defesa da integridade da parlamentar e de qualquer outro deputado que possa ter sido vítima dessa situação”, declarou Botelho, lembrando que o assunto será debatido no Colégio de Líderes nesta terça (16).
Botelho ponderou que caso Janaina consiga apoio dos demais parlamentares para a abertura de uma CPI para apurar as denúncias, como presidente, cumprirá o seu papel de instaurar a investigação. Além disso, revelou também que os deputados estaduais já estudam um convite para que o promotor de Justiça, Mauro Zaque e Fábio Galindo, ex-secretário e ex-secretário adjunto de Segurança Pública, respectivamente, prestem esclarecimento sobre os fatos apontados.
“Propor uma CPI é um direito da deputada Janaina e se ela conseguir reunir as assinaturas suficientes, eu, como presidente, vou cumprir com meu dever e instaurar a comissão. Porém, já estamos trabalhando para trazer luz às denúncias apontadas. Alguns parlamentares já defendem que possamos ouvir os promotores que naquele momento respondiam pela Secretaria de Segurança”, completou.
A Assembleia foi informada pela imprensa de que assessores parlamentares também foram alvos de escutas irregulares. Sobre o assunto, a Mesa Diretora informou que vai apurar os fatos para posteriormente se posicionar.