PP chama Taques de "autoritário" e tem 3 opções para disputar o Governo em 2018
O deputado federal Ezequiel da Fonseca (PP) fez duras críticas ao governador Pedro Taques (PSDB) e praticamente descartou a possibilidade de apoio a reeleição do tucano em 2018. Ele destacou que tem procurado ajudar o Governo com sua atuação na Câmara dos Deputados.
No entanto, ressaltou que isso não significa garantia de apoio a reeleição do tucano. “Quando se trata na questão política, o PP tem uma direção de que nós vamos tomar as decisões certas no momento certo. Na questão de apoio, ou não, ao Pedro Taques, como ele mesmo diz, será discutido ano que vem”, observou o deputado em entrevista a Rádio Capital FM nesta terça-feira (22).
Ezequiel, que tem mantido uma postura mais dura em relação ao governador, criticou o tratamento dispensado a quem o ajudou em sua eleição. O deputado chamou Taques de “autoritário”, “sabe-tudo” e revelou que dentro do PP existem pessoas que não querem manter apoio ao Governo. “Eu posso dizer que tem pessoas que defende o Pedro dentro do PP, como tem pessoas que são radicalmente contra. Eu, por exemplo, não vou defender essa permanência com Taques. Eu acho que ele é autoritário, acho que ele pensa que sabe tudo e vejo que para governar um Estado precisa primeiro ouvir as bases, ajudar quem ajudou a eleger”, destacou.
O clima de tensão entre o presidente do PP e o governador começou no final do ano passado, quando o deputado reclamou da participação do partido no governo. Ezequiel chegou a dizer que o governo “fracassou” com os aliados. “O governador precisa compreender que ninguém faz nada sozinho. Eu não posso ganhar uma eleição e depois abandonar aqueles que me ajudaram na primeira hora, os que vestiram a camisa, ajudar aqueles que querem pelo menos contribuir com ideias, não é com cargos até porque o PP não quer e não tem cargo no governo”, completou.
NOME FORTE
Sobre os projetos do PP para as próximas eleições, Ezequiel garantiu ainda que o partido tem pretensão de concorrer ao Governo de Mato Grosso, mas mantém o nome em “suspense”. Além disso, colocou que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), tem prioridade para concorrer a reeleição ao Senado. “O PP tem como certa a candidatura do Blairo e a minha para deputado federal. Estamos trabalhando um nome forte para ser governador de Mato Grosso. Eu não posso revelar ainda, mas o projeto existe e no momento certo nós vamos revelar. Pode ser Antônio Joaquim, pode ser o Eraí ou o Neri, eu ainda não posso revelar”, hesitou.
