O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP-MT) voltou a qualificar a gestão do governador Pedro Taques (PSDB) como um “fracasso” e que, se depender dele, o partido não apoiará o chefe do Executivo caso ele tente a reeleição em 2018. As declarações foram dadas em entrevista concedida à rádio Capital FM (101,9) na manhã desta quarta-feira (29).
Ezequiel Fonseca explicou que com a mudança de status do partido em Mato Grosso, que deixou de ser uma comissão provisória passando para diretório, o ministro da Agricultura e principal liderança da sigla no Estado, Blairo Maggi (PP), convocou em sua residência uma reunião. Ezequiel adiantou que o PP só tomará uma posição oficial sobre alianças políticas em 2018.
O deputado federal, porém, acredita que o partido não deva apoiar Pedro Taques caso ele se candidate à reeleição. “Uma reunião muito importante porque o PP deixa de ser uma comissão provisória e passa a ser um diretório estadual. Quanto ao pleito do ano que vem, o ministro Blairo Maggi entende que essa discussão deva ocorrer no ano que vem. Na posição politica, eu já tenho falado de tempos anteriores que eu acho que nós precisamos escrever um projeto para Mato Grosso porque esse projeto fracassou. O projeto que nós acreditávamos junto com o Taques fracassou”, disparou Fonseca.
O parlamentar frisou, no entanto, que trata-se de uma posição pessoal e que irá acatar a decisão do partido, seja ela qual for, democraticamente. “Hoje, o PP tem uma situação muito tranquila, muito democrática, onde todos os seus membros têm direito a palavra. Mas é um posicionamento pessoal. Vou defender o não alinhamento pela reeleição de Taques dentro do partido. Mas, se for vencido, vou respeitar democraticamente a decisão do partido”, disse o deputado.
Numa entrevista concedida também à Rádio Capital na última terça-feira (28), o presidente do diretório estadual do PSDB, Paulo Borges, disse acreditar no apoio do PP ao projeto de reeleição de Pedro Taques. No entanto, o chefe do Executivo de Mato Grosso não possui apoio de Ezequiel Fonseca que, inclusive já chamou o governador de “autoritário”.
FEX
O deputado federal também comentou a votação na Câmara dos Deputados do projeto referente ao pagamento do Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações (FEX) para os Estados produtores de commodities. Mato Grosso deve receber R$ 496 milhões.
Segundo Ezequiel, mesmo o projeto tendo status de tramitação “urgente urgentíssima”, a pressão exercida por grupos contrários ao texto atual do PEC da Reforma da Previdência, também em discussão na Câmara, vem postergando a aprovação do FEX. O deputado federal, porém, é otimista, e espera que ainda hoje ocorra um acordo entre as lideranças partidárias pela verba. “A qualquer momento poderá acontecer essa votação tendo em vista que essa pauta esta muito grande. Tem outras votações colocadas com urgência urgentíssima e não há acordo entre os partido políticos aqui. Espero que ainda hoje tenhamos a possibilidade de chegarmos a um acordo”, explica.