Até agora praticamente sem representantes da oposição em busca de uma vaga majoritária nas eleições de outubro, o PT não descarta a possibilidade de lançar o deputado federal Ságuas Moraes como candidato ao governo do Estado. O parlamentar, único representante do partido em Mato Grosso no Congresso Nacional, anunciou que não deve disputar a reeleição.
De acordo com o deputado estadual Allan Kardec (PT), a possibilidade foi discutida na última reunião do diretório estadual, quando foram feitos encaminhamentos já pensando nas eleições deste ano. Entre as propostas, além de Ságuas ao governo, está o lançamento do ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral a deputado federal.
“A ideia é que o partido defina isso até março. O Lúdio disse que estará disponível para o partido em 2018, o que é positivo para todos nós. O Ságuas afirmou que iria avaliar a proposta ainda no 1º trimestre do ano”.
O PT compõe a base de oposição ao governador Pedro Taques (PSDB). No mesmo grupo também estão o PDT, PR e PMDB. Unidas, as legendas pretendem cooptar partidos “nanicos” para ganhar mais força na eventual disputa pelo comando do Palácio Paiaguás. Na lista dos possíveis adversários de Taques no pleito esteve o nome do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim.
As articulações, porém, não progrediram. Ele e outros 4 conselheiros do TCE foram acusados pelo ex-governador Silval Barbosa de terem recebido R$ 53 milhões em troca da autorização da Corte de Contas para a continuidade de obras da Copa do Mundo de 2014, além da aprovação das contas do último ano de governo de Silval. Todos os conselheiros negam.
As acusações, no entanto, que fazem parte da delação do ex-governador, têm impedido Antonio Joaquim de se aposentar, um tramite necessário para sua filiação no PTB. A última negativa foi em dezembro, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, respondeu a uma consulta feita pelo governo do Estado. O caso ainda será revisto pela 1ª Turma da Corte Suprema assim que o recesso terminar. Outro nome da oposição que chegou a ser cotado para o governo do Estado é o do senador Wellington Fagundes (PR).
O parlamentar, que recentemente havia deixado de movimentar sua eventual candidatura nos bastidores, voltou a buscar espaço. Um dos motivos seria a inviabilidade do projeto de Antonio Joaquim. O republicano tem buscado apoio, principalmente, junto a líderes municipalistas, defendendo pautas em benefício das pre federal feituras junto ao governo federal.