O governador Pedro Taques (PSDB) não demonstra preocupação com a decisão do DEM, na última semana, em lançar candidatos ao governo em pelo menos 12 Estados, incluindo Mato Grosso, e, com isso, se afastar de sua base de sustentação.
Em entrevista à imprensa na manhã desta segunda (12), na abertura do Gazeta Agro, Taques, que buscará à reeleição, disse que ter muitos candidatos numa corrida eleitoral faz parte do processo eleitoral.
“Eu defendo a democracia. É bom que nós tenhamos candidatos. A democracia não pode ganhar de WO. Precisamos ter candidatos, debater ideias para que o cidadão possa ter possibilidade de escolha", disse o tucano.
Nesta linha, completa: "é bom que tenha dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove candidatos. Isso faz parte da democracia”, pondera.
“É bom que tenha dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove candidatos”
Em convenção nacional realizada na última quinta (8), o presidente nacional da sigla ACM Neto pediu que os dirigentes estaduais façam um esforço para garantir palanques fortes ao presidenciável Rodrigo Maia. Em Mato Grosso, são cotados para a missão o ex-senador Jayme Campos e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.
Mauro demonstra o desejo de disputar, mas tem atuado somente nos bastidores e sua articulação é tida como tímida. Jayme, por sua vez, declarou estar preparado para governar e tem reiterado que não vê problema nenhum na legenda romper com Taques. Atualmente PSDB e DEM caminham juntos, tanto que o democrata Dilmar Dal Bosco, presidente estadual da sigla, é líder do Governo na Assembleia.
Além de Taques, Jayme e Mauro, o senador Wellington Fagundes (PR) e o conselheiro Antônio Joaquim se movimentam para disputar o Palácio Paiaguás. As negociações, entretanto, ainda estão na fase embrionária, visto que as convenções acontecem apenas em agosto.