Rodrigo Maia vem a Cuiabá dia 23 para filiação de Mendes e Botelho; partido quer candidatura ao governo
Presidenciável que se apresenta como “o novo” na vida pública brasileira, o presidente da Câmara Federal, deputado fluminense Rodrigo Maia (DEM), assegurou que a legenda vai ter candidato ao governo de Mato Grosso. A única dúvida momentânea é se o nome será o ex-prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá, ou o ex-senador Jayme Campos, atual secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande. Maia vem a Cuiabá no próximo dia 23 para ato de filiação de Mendes e Eduardo Botelho, entre outras lideranças.
Maia acaba de definir a agenda na Capital durante reunião em Brasília, com o deputado federal Fábio Garcia, recém filiado na legenda. O local ainda não está definido. A dificuldade era conseguir conciliar a agenda de todo mundo que deve participar do ato político.
Ex-aliados de primeira hora no pleito vitorioso de 2014, Jayme ou Mendes devem ‘bater de frente’ com o governador José Pedro Taques (PSDB), provável candidato à reeleição, na disputa deste ano. Campos chegou a ser lançado candidato ao Senado da República pela coligação Coragem e Atitude para Mudar, em 2014, mas recuou alegando motivo de foro íntimo.
“A decisão de lançar candidatura própria já existia desde o ano passado e foi consolidada no último dia 8, durante a convenção nacional”, observou Rodrigo Maia, via assessoria. É exigência do Diretório Nacional a construção de um palanque forte, em cada estado, com os principais nomes nas disputas majoritárias.
A provável candidatura de Rodrigo Maia à Presidência da República, contudo, passaria por um aval do presidente Michel Temer (PMDB). E, desde a intervenção no Rio de Janeiro que é clara a intenção de Temer em vislumbrar a reeleição.
“O palanque [do DEM] de Mato Grosso tem tudo para ser um dos mais fortes do Brasil, proporcionalmente. E vamos cobrar a participação dos melhores”, emendou Rodrigo Maia, via assessoria.
Jayme Campos avisou várias vezes que está à disposição do Democratas e que deixa o staff da prefeita Lucimar Campos (DEM), sua mulher, ao final deste mês. Na gestão da Prefeitura de Várzea Grande, sua participação foi decisiva para a construção da base aliada na Câmara Municipal, montagem do secretariado e, principalmente, para reeleição de Lucimar, em 2016.
Todavia, sempre lembrou que não decidia isoladamente. “Não sou candidato do eu sozinho nem fecho acordos na cúpula. Faço política de baixo para cima, construindo desde a base”, costuma explicar Jayme.
Já Mauro Mendes sempre adotou um comportamento de ‘noiva da vez’. Ele deu uma sumida estratégica, nas últimas semanas, após o ministro da Agricultura e Pecuária, senador Blario Maggi (PP), anunciar que não seria mais candidato a nada, em 2018. Mendes contava com Maggi em sua chapa e, em especial, com a sua contribuição no pagamento da campanha.