Deputado alerta que oposição une "água e óleo" e prevê reeleição de Taques "a la Dante" em 98
Defensor do projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), o deputado estadual Pedro Satélite (PSD) alertou que o grupo de oposição pode se enfraquecer ao juntar vários “figurões políticos”. Segundo ele, caso algumas lideranças dividam o palanque no pleito deste ano, seria como “juntar água e óleo”.
O parlamentat lembrou a reeleição de Dante de Oliveira em 1998 quando os adversários históricos Juílio Campos (DEM) e Carlos Bezerra (MDB) se uniram, mas foram derrotados pelo tucano. “Água e óleo não se misturam. Tem candidato que se colocar junto dá choque. A história mostra isso. Por exemplo, teve uma eleição em 98, que Júlio Campos era o governador e Dante de Oliveira já tinha perdido para ele. Aí uniu Júlio Campos com Carlos Bezerra e perderam a eleição. Não se misturaram naquele momento”, lembrou o deputado em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real) nesta terça-feira.
O deputado coloca ainda que outras lideranças teriam dificuldades em disputar contra o governador, justamente por apoiá-lo em outras eleições. É o caso do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), apontado como principal nome para “bater” Taques no pleito deste ano. “Eu digo que o Mauro Mendes não é inimigo do Pedro Taques. Ele inclusive ajudou a eleger o Pedro”, frisou.
Sobre o desgaste do tucano, Satélite coloca que o fato dele ser o único pré-candidato definido o coloca em evidência. Para o deputado, caso algum outro nome seja lançado nos próximos dias, também haverá críticas e desgaste perante a sociedade. “Quando falar que é candidato, aí muda, passa a ser observado. Vai ser uma eleição difícil, o atual governo teve muito erro, mas teve acertos também, e temos que deixar a população decidir pelo melhor”, avisou.
PSD NA CONVENÇÃO
Na entrevista, o deputado também comentou sobre a “divisão” do PSD. Enquanto um grupo, liderado pelo ex-vice-governador Carlos Fávaro, articula a migração do partido para a oposição, os deputados estaduais da sigla defendem a manutenção da aliança com Pedro Taques.
Satélite considerou que a divisão interna é natural da política e disse que o partido está unido em torno da pré-candidatura de Carlos Fávaro ao Senado da República. Sobre o apoio para o Governo, ele garantiu que as articulações seguirão até as convenções partidárias, mas que todos marcharão juntos após uma definição. “Vamos caminhar todos juntos, mas será na convenção que será decidido tudo isso”, afirmou o parlamentar.
Para o parlamentar, dentro do partido a maioria está propensa a apoiar a reeleição de Pedro Taques. “Eu posso garantir que a maioria dos filiados do partido estão trabalhando para apoiar a candidatura do governador, mas tudo pode acontecer. O que posso garantir com toda a certeza, é que todos vamos trabalhar para a eleição de Fávaro para o Senado e montarmos uma chapa forte para deputado estadual e federal”, conclui.
