Governador comunica que não conversa mais com Mauro, mas dialoga com o DEM
O afastamento entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) já não é uma novidade nos bastidores políticos do Estado há algum tempo. A aliança corriqueira dos últimos anos começou a degringolar com a confirmação de que o ex-gestor estava se articulando para peitar o tucano nas urnas. Agora, o chefe do Executivo estadual deixa claro que não conversa mais com Mauro e que tal fato é uma decisão pessoal.
Mesmo evitando contato com Mauro, Taques afirma que continua próximo ao DEM, por meio do ex-senador Jayme Campos e os deputados estaduais Eduardo Botelho e Dilmar Dal Bosco. Aliás, estes são os únicos que, publicamente, ainda mantêm lealdade ao tucano, mesmo com o fato de o partido estar analisando a possibilidade de candidatura própria ao Palácio Paiaguás ou apoio a outro nome pela oposição.
“Todo o dia converso com o DEM. Com o Mauro não. Tenho conversado com Jayme, Botelho e Dilmar. (Não converso com Mauro) por opção minha”, diz Taques, após a entrega da revitalização do Hemocentro, em Cuiabá, nesta terça (17).
A união de Taques e Mauro teve início nas eleições de 2010, quando ainda estavam no PDT e PSB, respectivamente. Na época, Taques foi eleito senador e Mauro foi derrotado pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido), mas Taques foi eleito senador. Em 2012 o apoio continuou, com a eleição do então socialista para a Prefeitura de Cuiabá.
Dois anos depois, em 2014, Taques, com apoio irrestrito de Mauro, venceu as eleições ao governo. A partir de então, os dois começaram a desenvolver projetos para a Capital, como o Hospital São Benedito e as obras do novo Pronto-Socorro Municipal. Em 2016, no entanto, o já tucano foi pego de surpresa com a negativa do ex-prefeito em buscar a reeleição. O grupo colocou no seu lugar uma das suas desavenças, o ex-prefeito deputado Wilson Santos, que foi derrotado por Emanuel Pinheiro (MDB).
Desde então a parceria passou a não ser a mesma, culminando com as articulações de Mauro para viabilizar uma candidatura a governador. O ex-prefeito, agora no DEM, começou então a pontuar tudo o que, em sua opinião, estava de errado na administração tucana.
