Políticos gravados recebendo maços de dinheiro na gestão Silval são denunciados pelo MP

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Quarta, 25 Abril 2018 | OlharDireto
O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), os estaduais Baiano Filho (PSDB) e José Domingos Fraga (PSD) e os ex-parlamentares Hermínio J. Barreto, Airton Português, Alexandre César e Antonio Azambuja estão entre os 12 denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE), na última segunda-feira (23). Eles foram flagrados recebendo dinheiro supostamente de propina dentro do Palácio Paiaguás, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa.
O promotor de Justiça Clóvis de Almeida Júnior, membro do Núcleo de Ações de Competência Originária Cível (Naco) é o autor da denúncia. Os processos devem ser instaurados na Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular.
A denúncia é sustentada pelas delações de do ex-governador Silval Barbosa, seus familiares, do ex-secretário de Estado Pedro Nadaf e de seu ex-chefe de gabinete, Silvio Cézar Corrêa Araújo. Este último, inclusive, foi o responsável por filmar os parlamentares recebendo maços de dinheiro, que seriam desviados do programa de asfaltamento MT Integrado e servia para que os parlamentares não “atrapalhassem” o andamento de diversas obras e programas do governo, que naquela época corria contra o tempo para entregar os projetos para a Copa do Mundo de 2014.
A delação de Nadaf foi de suma importância para que o MP tivesse mais provas do suposto esquema de pagamento de “mensalinhos” para deputados. Conforme Silval Barbosa, cada um recebia R$ 600 mil, em parcelas de R$ 50 mil mensais. Além destes sete denunciados pelo MP, ainda aparecem nas imagens: os prefeitos de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) e a afastada de Juara, Luciane Bezerra (PV).
Em sua delação, Silval Barbosa relatou que foi extorquido para ter suas contas aprovadas no seu último ano de governo. O ex-governador explica que um áudio comprovaria a denúncia contra os deputados Wagner Ramos (PSD), José Domingos Fraga e Silvano Amaral (MDB). Além disto, Oscar Bezerra (PV) teria pedido propina de R$ 15 milhões para não envolver o nome de Silval na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das obras da Copa do Mundo.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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