A Executiva Nacional do PSDB deve repassar exatos R$ 1,8 milhão do Fundo Partidário para a campanha à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB). O montante corresponde apenas a 31,58% do limite de gastos estipulado pela Legislação eleitoral no que se refere a campanha ao Governo no Estado de Mato Grosso, que é de R$ 5,7 milhões.
A transferência deste recurso, entretanto, ainda não está 100% fechada. Conforme o presidente regional da sigla, Paulo Borges, esta é apenas uma diretriz sobre a divisão do Fundo, a qual foi apresentada pela nacional na última terça-feira (26) durante ato de comemoração do aniversário de 30 anos da sigla.
“É apenas uma diretriz, pode ser que haja mudanças, mas sabemos que haverá repasse. O valor já é uma ajuda aos candidatos, que terão que buscar o apoio de pessoas físicas para garantir mais investimentos na campanha”, enfatizou o tucano.
No total, o PSDB possui algo em torno de R$ 210 milhões de caixa para ser utilizado na campanha eleitoral deste ano. Deste montante, R$ 180 milhões corresponde ao fundo partidário, e o restante é oriundo de uma reserva que a sigla já possuía.
Paulo Borges afirma que, de acordo com a diretriz apresentada, 33% do total será destinado a campanha para presidente da república, 33% para os candidatos ao governo e senado, e 33% destinado para as chapas proporcionais de candidatos a deputado estadual e federal.
Em todo o país, o PSDB possui 12 pré-candidatos ao governo do estado, já incluindo o governador Pedro Taques. Já a senadores, a legenda possui 26 postulantes até o momento.
Este bloco terá a sua disposição o montante de R$ 69,3 milhões, que será divido igualmente a todos os candidatos. Diante disso, o chefe do Executivo Estadual deverá ficar com apenas R$ 1,8 milhão para a sua campanha à reeleição.
“O limite de Mato Grosso é de R$ 5,7 milhões. Então, o tamanho da festa vai ser que nem o tamanho do patrocínio”, disse Taques.
O governador, inclusive, já chegou a dizer que não está preocupado com o teto de gastos estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a eleição deste ano.
“Graças a Deus nós temos teto. Nós temos que cumprir a lei, a lei precisa ser cumprida. Eleição não precisa ter tanto gasto como já existiu no passado. A sociedade brasileira está se adaptando a esta realidade, que é muito boa por sinal”, disse.
Vale lembrar, entretanto, que na eleição de 2014, Taques foi o candidato ao governo que mais gastou na campanha eleitoral. Na oportunidade, ele declarou despesas na ordem de R$ 29,6 milhões.
O montante, é superior 81,3% que o atual teto estipulado pelo TSE. Além disso, Taques foi o postulando a governador que teve o voto mais caro dentre os 13 candidatos eleitos no primeiro turno das eleições.
Um levantamento realizado em todo o país revelou que o atual chefe do Executivo Estadual tucano gastou aproximadamente R$ 35,46 por cada um dos 833.788 votos que conquistou no Estado.