Presidente critica restrições do MP e sugere "fechar" AL durante campanha

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual, Eduardo Botelho (16), criticou veementemente algumas normativas emitidas pelo Ministério Público Eleitoral sobre o posicionamento dos parlamentares no período eleitoral. Para ele, o impedimento de que parlamentares usem a tribuna para fazer críticas políticas acaba impedindo a execução das atividades. “Nós recebemos uma recomendação da procuradora eleitoral e estamos analisando através da procuradoria da Casa (Assembleia). O deputado não pode ir à tribuna pedir voto, mas agora falar do trabalho dele e do que está desenvolvendo, os projetos, indicações, faz parte da atividade parlamentar. Não tem como tolhermos isso, o entendimento e recomendado é que não fosse transmitida pela TV Assembleia as sessões”, explicou Botelho em entrevista a Rádio Capital FM.

Diante das recomendações, o presidente informa que foi orientado para cada parlamentar como se portar neste período eleitoral para que o Legislativo não incorra em erros e descumprimento da legislação. Porém, destacou que que discorda com o impeditivo das transmissões, por acreditar que o trabalho do parlamentar  tem que ser de conhecimento de todos, como uma prestação de contas. “Eu realmente discordo (recomendações). Acho que isso é relação pública e a população tem que conhecer e saber o trabalho do deputado. Querer esconder isso, é realmente entrar na contramão da história”, assinalou.

Sobre a deputada estadual Janaina Riva (PSD) usar da tribuna para apontar erros da gestão Pedro Taques (PSDB), o democrata ressalta que criticar é um direito do parlamentar. “Mas o trabalho parlamentar é isso. Se não puder criticar, não puder falar, eu não sei o que pode então. Ela é oposição, é o direito dela. Se está atrapalhando o candidato, então tem que fechar Assembleia”, avisou.

Neste sentido, Botelho afirma que o trabalho parlamentar vai seguir até o final das eleições. As sessões seguem nos dias atuais, porém, as votações serão concentradas nas quartas-feiras. “Em agosto e setembro, é um período eleitoral e a maioria dos deputados é candidato. As sessões vão acontecer na terça e na quinta, com debate, proposituras, indicações e na quarta vamos fazer duas deliberativas”, relatou.