Mato Grosso terá cinco candidatos na disputa pelo Governo; saiba quem são e entenda as articulações

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+ Política
Segunda, 06 Agosto 2018 | OlharDireto
O final de semana de convenções partidárias trouxe algumas surpresas para o quadro da disputa eleitoral ao Governo de Mato Grosso, principalmente no que diz respeito à escolha dos vices de algumas das principais chapas, como é o caso do candidato à reeleição, governador Pedro Taques (PSDB), que só definiu seu vice poucas horas antes da convenção. Ao todo, cinco partidos lançaram candidaturas próprias no Estado. Veja abaixo como ficou definida cada uma das coligações.
O governador Pedro Taques, que já havia anunciado sua pré-candidatura no final do mês passado, foi um dos que mais encontrou dificuldades para definir sua chapa. A escolha do produtor rural Rui Prado (PSDB) como vice só ocorreu no final da noite de sábado (04). Mesmo assim, no domingo (05), algumas lideranças tucanas ainda não davam como certa a definição.
Para ser vice de Taques, Prado precisou abandonar o projeto inicial de ir à Câmara Federal. Ex-aliado de José Riva, o produtor disse em seu discurso durante a convenção que “o passado ficou para trás” e que está honrado em, a partir de agora, compor a chapa de Pedro Taques. “Me recordo bem, estive em outro caminho, e estou hoje com Taques. Quero dizer aqui, olhando nos olhos dele, que me sinto honrado pelo convite. Eu acredito no senhor, na transformação. Vamos sair daqui pedindo voto para que possamos mudar esta política”, declarou.
Após perder uma série de aliados, Taques lançou sua candidatura prometendo mostrar que na política o “menos é mais”. “Muitos deixaram o barco com medo, ficaram para trás, desanimaram. Nós vamos mostrar que na política, o menos pode ser mais. O menos é mais. Apesar de alguns dizerem que temos poucos políticos, o nosso acordo é com o povo e o cidadão, com quem mais precisa da mão do Estado”, discursou o governador.
Oposição de verdade
Outra surpresa foi o anúncio da advogada Sirlei Theis como vice na chapa da Wellington Fagundes (PR). Theis é filiada ao PV, partido que mantinha conversas com o Democratas e ainda não tinha definido qual projeto iria apoiar. O acordo com o PR só foi revelado no sábado, durante a convenção do partido.
"Aquilo que nós esperávamos foi feito. Com muito trabalho, cautela. Fizemos com paciência. Alguns não acreditavam que seria possível. Fizemos a maior aliança e sempre disse. Uma aliança confiável que trouxesse segurança à população e que pudesse mostrar unidade", justificou Wellington Fagundes.
Ao lançar sua candidatura, Fagundes classificou a atual gestão como "absolutista e sectária" e ainda afirmou que representa a verdadeira oposição, em referência ao projeto do Democratas, que é repleto de ex-aliados de Taques. “Mato Grosso precisa da responsabilidade de cada um. Eu cumprimento meu companheiro Mauro Mendes como adversário. Mas quero me colocar aqui como legítima oposição”.
M de mudança
A única chapa que já estava definida há algum tempo era a do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), que escolheu o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (PDT) como seu vice há cerca de duas semanas. O nome de Pivetta não foi nenhuma surpresa, visto que a articulação já era cogitada desde o início da pré-campanha.
Mendes e Pivetta foram dois dos trinta e um aliados de Taques que, em abril deste ano, assinaram uma manifestação pública contrária ao projeto de reeleição do tucano. Além deles, fazem parte do novo grupo o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) e o ex-senador Jayme Campos (DEM).
Com o slogan “M de mudança”, Mendes oficializou sua candidatura no último sábado, evitou citar o nome de Taques, mas não poupou críticas à atual administração, que segundo ele, tem problemas de gestão.
“Existem muitas coisas que não andam bem. Se estivessem bem, talvez nós não estaríamos aqui. Nesse momento nós não vamos avaliar o nosso adversário, desejo a ele e a todos uma boa campanha, que nós possamos fazer um bom debate, mas acima de tudo, apresentar alternativas para o futuro do Estado”, pronunciou.
Psol "sem" Procurador Mauro
Depois de uma sequencia de derrotas ao concorrer a cargos no Executivo, o PSOL de Mato Grosso mudou sua estratégia de lançar o Procurador Mauro como cabeça de chapa. Este ano a sigla optou por lançar pelo funcionário público Moisés Franz ao Governo do Estado, que terá o enfermeiro Vanderley da Guia como vice.
O PSOL acredita que Franz deva ganhar espaço ao longo da campanha pela chance de polarização entre Pedro Taques, candidato de situação, e Mauro Mendes Wellington Fagundes (PR), classificados pela direção como integrantes de um mesmo grupo social.
Palanque para Marina
A Rede Sustentabilidade em Mato Grosso também decidiu lançar candidatura própria, que será liderada pelo ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Arthur Nogueira. O vice, Sadi Oliveira dos Santos, é uma indicação do PPL.
A ideia do partido, que possui 500 filiados em Mato Grosso, é garantir palanque à presidenciável Marina Silva. De acordo com o porta-voz masculino da Rede em Mato Grosso, Eron Cabral, a ideia é apresentar à população mato-grossense o que considera uma alternativa real às candidaturas postas.  “É importante ressaltar que os candidatos que estão ai são faces da mesma moeda política”, analisou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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