Adepto do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o candidato promete ainda indicar um projeto a Bolsonaro, tornando obrigatório que jovens de 17 anos sirvam o Exército. “Hoje os políticos apenas criaram direitos e não deveres. Os homens não têm mais identidade, usam brincos e tatuagens. Precisamos de forças armadas para adestrar o cidadão”, justifica.
Para concorrer à Assembleia, tem como nome curioso o Zé Pantaneiro Sangue Azul (PMN). Cabo da Polícia Militar (PM), José do Carmo de Moraes Arruda, 42, afirma que o nome vem em homenagem aos pantaneiros, um povo sofrido e esquecido pelas autoridades. “Ninguém fala da tradição pantaneira, das festas folclóricas e isso está acabando, o Siriri, o Cururu. Quero construir futuramente com um espaço, próximo a Santo Antônio do Leverger, o CTP (Centro Tradicional Pantaneiro)”, disse.
Além de homenagear os pantaneiros, Zé Sangue Azul quer chamar atenção da população para que ingresse na política e ajude a transformar o país. “As pessoas precisam acreditar que é possível mudar, de fazer o novo. É preciso que a gente busque representar o povo e não setores ou o próprio político”, explica.
Desses candidatos, destaca-se o suplente de deputado federal Xuxu Dal Molin (PSC) que tem reais chances de conseguir uma cadeira na Assembleia. Na votação em 2014, o ex-vice-prefeito de Sorriso, Dal Molin recebeu 30.542 votos, ficando na segunda suplência.
Voto protesto
Para o analista política Alfredo da Mota Menezes, pesquisas eleitorais mostram que a política está em descrédito com a população. Por isso, acredita que esses candidatos folclóricos podem receber os chamados votos de protestos. “Isso faz parte da política. Na eleição não se pode barrar o candidato apenas pelo nome”, explica.
O analista lembra ainda o médico Enéas que ficou famoso pelo bordão “meu nome é Enéas”, conseguindo inclusive, receber mais votos que alguns concorrentes presidenciáveis. Acrescenta também o fenômeno de votação que foi o deputado federal Tiririca. Por causa da votação, o comediante conseguiu ajudar a eleger outros colegas que receberam votos inexpressivos, mas foram eleitos em razão do quociente eleitoral.
Orientação
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) afirma que os candidatos têm direito de se caracterizar e/ou e usar o nome na urna do jeito em que é conhecido. Orienta para que se uma pessoa é conhecida por usar chapéu de “palha”, por exemplo, que utilize a foto da urna utilizando o adereço.
A Justiça Eleitoral, no entanto, salienta que o candidato não pode utilizar nome de outra pessoa, pois neste caso poderá tentar influenciar o eleitor. Neste caso é barrado pelo TRE.