Poucas horas após o início da votação, Mato Grosso já registrou a prisão de 19 pessoas em flagrante de crime eleitoral, sendo dois candidatos. A informação é do juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Lídio Modesto, e está atualizada com as ocorrências contabilizadas até às 10 horas.
Além dos dois candidatos, um em Cuiabá e outro na região Oeste do estado, oito pessoas foram presas por desrespeito à Lei Seca, uma prisão por transporte irregular de eleitores em Primavera do Leste e sete prisões pelo crime de boca de urna.
“[...] quando a tentativa de captação ilícita de sufrágio seja por algum tipo de vantagem indevida ou por assédio mesmo ao eleitor que a pessoa pensa que está indecisa”, explicou.
Além destas, foi preso também um índio da etnia Kayapó, em Guarantã do Norte, com os títulos de eleitor de toda a aldeia indígena e pretendia usá-los para votar. No total, 70 títulos estava em sua posse.
Outra incidência registrada envolvendo indígenas foi resolvida sem nenhuma prisão. “Tivemos uma inconsistência no norte também quando índios da região de Brasnorte receberam a força do Exército com flechas. [Eles] não queriam votar naquele local porque a seção eleitoral foi deslocada para dentro da aldeia e eles queriam votar na cidade”, afirmou, explicando, por fim, que foi preciso a intervenção da Funai (Fundação Nacional do Índio) para resolver o imbróglio.
Modesto também comentou que este ano houve redução no conhecido “voo da madrugada”, quando candidatos orientam suas equipes a jogarem os restos de material de campanha nos locais de votação para tentar induzir os eleitores. Por fim, o magistrado relembrou que pedidos de votos neste domingo é crime eleitoral.