O governador eleito Mauro Mendes (DEM) descartou "mexer" no duodécimo dos poderes sem antes promover um aplo diálogo com os representantes dos órgãos. No entanto, ele garante que vai sugerir redução interna, como anunciou que fará no Poder Executivo, a fim de auxiliar a contenção de gastos.
“Eu tenho dialogado com os poderes. No mínimo, o que não vamos fazer é aumentar o duodécimo daquele que está com mais aperto, aí continua como está”, destacou o democrata em entrevista à Rádio Capital, em Cuiabá.
Mendes avisa que vai seguir dialogando com os poderes sobre a crise financeira vivida pelo Estado. Ele ainda pediu que todos entendam a real situação e contribuam com alguma contrapartida.
Segundo Mauro, a redução que está sendo realizada no Executivo, também pode ser feita pelo poder que esteja mais tranquilo financeiramente. Como exemplo, cita a Assembleia Legislativa.
“Será que não tem algo que possa ser cortado na Assembleia? Tenho conversado com o presidente (Eduardo Botelho) e teremos que encontrar uma saída para ajudar a diminuir essa despesa. Será que nos poderes não tem nada que possa ser cortado?”, questiona o governador eleito.
Pouco após ser eleito, Mendes visitou os poderes e afirmou pensar em reduzir os repasses aos órgãos, visando sobrar recursos para que o Executivo pague o déficit que existe e possa realizar alguns investimentos. Porém, ele se deparou com várias contestações dos poderes com base na existência de dívidas pendentes do Governo com os órgãos.
“Temos que seguir conversando para encontrar uma solução. Mas não podemos mentir o Estado não tem dinheiro”, completou.
MESA DA ASSEMBLEIA
Sobre interferir na escolha do presidente para o biênio 2019/2020 do legislativo, Mendes explica que não acha correto o executivo ter poder em cima do legislativo. Segundo ele, é preciso deixar o poder ter autonomia e trabalhar com suas convicções e não em conchavos com o governador.
Ele também ressalta que projetos encaminhados pelo executivo devem ser aprovados pela Casa se forem bons e não pela aliança de ambos gestores.
“Não vou participar das discussões sobre a Mesa Diretora. Quero que eles tenham autonomia. E se um projeto for bom que seja aprovado se for ruim que seja reprovado. Quero ter uma relação respeitosa e republicana”, garantiu.