O caos financeiro em que Mato Grosso se encontra, com salários atrasados, atraso no repasse aos municípios e obras paralisadas, levou o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, a comparar o Estado ao primo pobre, entre os entes que compõem o país.
Antigamente, segundo lembrou Neurilan, o primo pobre era a maioria das prefeituras, que de pires na mão, sempre estavam a mendigar por recursos financeiros ao Estado e também ao Governo Federal.
Agora, segundo o presidente da Associação a situação se inverteu. “O Estado está com dívidas na ordem de R$ 180 milhões com as prefeituras, só na saúde. Deixamos de ser devedores e agora os prefeitos passaram a ser credores do Estado”, disse, acrescentando que não é compreensivo e justificável atrelar essa situação a crise econômica.
“Isso foi falta de gestão dos governos passados. De priorizar e fazer uma administrar voltada para prestar serviços de qualidade e sem inchar a máquina pública”, disse, informando ainda que a maioria dos municípios conseguiu enxugar a máquina e pagar na data prevista o salário do servidor público.
O governador Mauro Mendes, quando assumiu em janeiro, recebeu o Estado com R$ 3,9 bilhões em restos a pagar com fornecedores, prestadores de serviço, servidores públicos, prefeituras e Poderes. Somente com os servidores, ele encontrou o Estado com o atraso no salário de dezembro e do 13º.