Mendes chama deputados às pressas para tratar de greve
O governador Mauro Mendes (DEM) se reuniu com deputados no Palácio Paiaguás, no início da tarde desta terça-feira (28), para tratar da greve da Educação. Os servidores estão com as atividades paralisadas. O movimento começou nesta segunda-feira (27).
Na reunião do colégio de líderes da Assembleia, deputados vão se reunir com o sindicato dos grevistas.
Conforme o deputado Lúdio Cabral (PT), a reunião foi convocada para que o gestor explanasse sobre a situação do governo diante da greve.
O governador reiterou que não tem dinheiro para pagar a Revisão Geral Anual (RGA) dos funcionários. Os deputados terão papel de mediador entre Executivo e a categoria para que a paralisação chegue ao fim.
O parlamentar comentou que a convocação ocorreu de última hora e o governo apresentou sua leitura sobre a greve. Em entrevista, Mendes disse que greve não é a solução, que “birra” não adianta e ameaçou cortar ponto dos trabalhadores que faltarem ao serviço.
“Todos sofrem com a greve. Ninguém quer isso. É importante que o governador se reúna pessoalmente com os servidores e que haja entendimento para que a demanda da classe seja atendida mesmo que parcialmente. O quanto antes essa greve terminar é melhor para todos”, declarou Lúdio.
Após a reunião, o governador se comprometeu a tratar pessoalmente com o Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep). “Tem que abandonar esse discurso de confronto”.
Mendes afirma que não há fôlego financeiro para atender a demanda de reajuste dos servidores, para entender essa conta, o deputado pediu ao governador um balanço da Secretaria de Fazenda (Sefaz) de 2018, com toda arrecadação por setor.
“Ano passado houve R$ 5,7 bilhões em renúncia fiscal. Para sanar o problema de falta de recursos, o governo precisa aumentar a arrecadação e revisar essas renúncias é um caminho. No ano passado o algodão faturou R$ 12 bilhões e só pagou R$ 1,18 milhões de ICMS”, frisa.
Além dos pontos, o deputado sugeriu na reunião que fosse aberto o debate sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) de forma que haja a participação de todos os Poderes. “Por que o Executivo não consegue pagar a RGA e os outros Poderes conseguem. É preciso discutir esses pontos para que todos os servidores do Estado recebam a revisão”, pondera.