“Juntos por Bolsonaro”: os bastidores da meteórica passagem do presidente pelo interior de MT

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Sexta, 07 Junho 2019 | OlharDireto
Há cerca de um mês, durante reunião em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) firmou compromisso de visitar as cidades de Barra do Garças (MT) e Aragarças (GO) para, em conjunto com os governadores dos respectivos estados, lançar o programa “Juntos pelo Araguaia”. A ideia era que o ponta-pé inicial do projeto fosse dado no Dia Mundial do Meio Ambiente, uma vez que a iniciativa tem por objetivo a preservação ambiental. A pauta, no entanto, foi ofuscada pela passagem meteórica do “mito”, que quase não aconteceu, mas arrastou uma multidão de apoiadores, lotou hotéis, esgotou comida em restaurantes e transformou por um dia a paisagem da região conhecida como "Vale dos Esquecidos".
Era manhã de terça-feira (04), um dia antes do evento, quando uma equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República chegou a região para vistoriar a ‘Praia de Quarto Crescente’, onde as autoridades deveriam se reunir. Nada estava pronto. Conforme apurou a reportagem do Olhar Direto, a organização da cerimônia estava a cargo do Governo do Goiás.
Por questões de segurança, a equipe do GSI in loco entendeu que o evento não poderia ser realizado. O então cancelamento da agenda do presidente foi anunciado pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. No comunicado, Barros informou que apenas o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, viajaria para o Araguaia.
Questionado por jornalistas sobre o parecer do GSI, Rêgo Barros disse que a decisão havia sido tomada a partir de uma “análise de risco”, mas que não poderia se estender sobre o assunto. Poucos minutos depois o porta-voz voltou atrás, disse que havia sido informado de uma “modificação” e que a possibilidade de Bolsonaro ir ao Araguaia ainda era discutida.
Enquanto Rêgo Barros falava com a imprensa, as cidades de Barra do Garças e Aragarças iam sendo tomadas por autoridades políticas dos dois estados, jornalistas, apoiadores do presidente e manifestantes contrários.
Os hotéis das cidades, que aumentaram o valor das diárias em função do acontecimento atipico, já não tinham mais quartos disponíveis. Nos restaurantes e bares faltava comida e bebida e os clientes eram informados de que os estabelecimentos não haviam se preparado para receber tanta gente. A ida de Bolsonaro, no entanto, seguia uma incógnita.
Em seu twitter, o governador do Goiás, Ronaldo Caiado, escreveu que a declaração do porta-voz da Presidência era uma “fake news” e que a ida de Bolsonaro a Aragarças estava “confirmadíssima”.
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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