O governador Mauro Mendes (DEM) disse que “não teme” uma eventual convocação para prestar depoimento na CPI da Pandemia, que tramita no Senado Federal. A investigação parlamentar apura se houve negligência do Governo Federal nas ações de combate ao novo coronavírus (Covid-19). Porém, a ala governista dos senadores querem avançar as investigações sobre Estados e Municípios.
Durante lançamento da “Operação Amazônia” nesta segunda-feira, o governador foi questionado sobre uma possível convocação para depor na CPI. Ele respondeu que é “papel” do agente público prestar contas.
Na última quarta-feira (26), os senadores que fazem parte da comissão aprovaram a convocação de nove governadores, um ex-governador e uma vice-governadora para prestar depoimento na CPI da Pandemia. Mauro Mendes não está no rol de convocados.
“Eu não tenho nada a temer. Como governador, nunca fiz ou nunca pedi para alguém fazer nada de errado, em qualquer secretaria, qualquer área do governo. Tenho muita tranquilidade disso. É um dever do agente público prestar contas, seja para quem for. O Governo de Mato Grosso não tem nada a temer. Estamos muito tranquilos em relação a todos os atos”, minimizou Mauro Mendes.
Documentos enviados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), à CPI da Pandemia, listaram possíveis irregularidades na utilização de recursos federais para combate ao Covid-19 em treze estados brasileiros – incluindo Mato Grosso.
Segundo o TCU, há indícios de gestão ineficiente de recursos em relação à contratação emergencial de leitos, superfaturamentos na compra de equipamentos médicos, bem como contratações suspeitas de empresas prestadoras de serviços de saúde.
Na última sexta-feira (28), dezoito unidades federativas decidiram acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a CPI da Pandemia proíba a convocação dos chefes dos poderes executivos estaduais. A ação deve ser assinada pelos governadores do Amazonas, Espírito Santo, Amapá, Tocantins, Bahia, Rondônia, Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Rio Grande do Sul, Maranhão, Sergipe, Pará, São Paulo, Pernambuco, Roraima, Piauí, Santa Catarina e Rio de Janeiro (onde foi convocado o ex-governador Wilson Witzel).