Uma decisão da juíza da 9ª Vara Cível de Cuiabá, Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro, reincluiu o ex-governador Pedro Taques (Solidariedade) no polo passivo de um processo movido pela produtora de conteúdo audiovisual Molêra Filmes, que cobra uma dívida por serviços prestados ao PSDB na campanha eleitoral de 2018. A sigla era a “antiga casa” de Taques e bancou seu projeto à reeleição naquele ano. O despacho foi publicado nesta terça-feira (10).
Com a decisão, o ex-governador também passa a ser cobrado pela dívida. Até então, o responsável por pagar o débito era o PSDB. A juíza Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro também pediu o recolhimento da taxa de pesquisa nos sistemas de informática utilizados pelo Poder Judiciário para a busca e bloqueio de bens, além de informar que o ex-chefe do Poder Executivo de Mato Grosso será julgado à revelia.
“Proceda-se a inclusão José Pedro Gonçalves Taques no polo passivo, e de fato evidencia-se a sua revelia [...] antes da análise do pedido, intime-se o exequente a fim de que, no prazo de 15 dias, efetue o pagamento competente para consulta, com a devida comprovação nos autos”, determinou a magistrada.
De acordo com informações do processo, a Molêra Produção de Filmes firmou um contrato com a campanha à reeleição de Pedro Taques no ano de 2018 para produção de conteúdo audiovisual no valor de R$ 120 mil. Do total, apenas metade teria sido pago.
A Molêra Produções e Filmes, sediada em Cuiabá, conta que os R$ 120 mil seriam pagos em três parcelas: uma de R$ 60 mil e outras duas de R$ 30 mil cada. Porém, já no primeiro pagamento, teria havido uma quebra de contrato uma vez que os R$ 60 mil teriam sido pagos em duas vezes.
A empresa que presta serviços audiovisuais chegou a pedir a penhora de um apartamento do ex-governador, na Capital, para garantir o pagamento do débito. Pedro Taques não conseguiu se reeleger em 2018, e acabou ficando em terceiro lugar numa disputa vencida pelo ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM).