Dos 120 pontos monitorados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), na Estrada Transpantaneira (MT-060), 35% estão sem água. Os efeitos da seca na região do Pantanal mato-grossense estão sendo monitorados há quatro meses.
Por meio do monitoramento constante será possível identificar a necessidade de intervenção no bioma, ou da manutenção da recomendação atual de não intervenção. Mas a orientação é que a população não interfira no ecossistema pantaneiro com suplementação alimentar e abastecimento de água nos locais comumente alagados.
Neste período de estiagem, a Sema irá intensificar o monitoramento como parte do projeto Conservação dos Animais Silvestres do Pantanal, que tem como objetivo produzir informações para elaborar estratégias de conservação das espécies e subsidiar ações de conservação e atendimento emergencial aos animais, principalmente na Estrada Parque Tranpantaneira, em Poconé.
Dos 120 pontos que foram visitados pela equipe da Coordenação de Fauna e Recursos Pesqueiros em agosto, em toda a extensão de 150 km da Transpantaneira, 79 deles estavam ainda com água, representando 65% ainda em condições de atender aos animais, e outros 41 pontos estavam secos.
Autorização
A Coordenação de Fauna e Recursos Pesqueiros alerta que é considerado crime contra a fauna silvestre qualquer interferência feita sem autorização do órgão competente, conforme Lei de Crimes Ambientais nº 9605/1998.
Para alimentar e levar água aos animais silvestres que estão em ambiente natural, em qualquer localidade de Mato Grosso, é obrigatório ter autorização da Sema-MT.