Filho inicia campanha para mãe custear tratamento contra o câncer; saiba como ajudar

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Domingo, 05 Setembro 2021 | OlharDireto
Desde 2019, Cleonice Daniela de Amorim, de 49 anos, luta contra um câncer de cabeça e pescoço, identificado por meio de nódulos que surgem na cavidade oral e laringe. Moradora de Santo Antônio do Leverger (35 km de Cuiabá), a dona de casa conta com a ajuda dos filhos para conseguir impedir o rápido desenvolvimento da doença que já atinge uma de suas bochechas. Um deles, Hellyvelton de Amorim Melo, de 24 anos, também conhecido como Vétto, lançou uma campanha para arrecadar fundos e custear a continuidade do tratamento da mãe. 
A 'vakinha' começou a circular nas redes sociais quando no fim desta semana Vétto utilizou o seu perfil no Instagram para pedir ajuda. Na publicação, o especialista em unhas revelou que, com as limitações financeiras da família, tem sido um desafio custear remédios, transporte e alimentação da mãe, que utiliza uma sonda para comer. Os interessados podem doar qualquer quantia que será utilizada principalmente para a compra dos mantimentos de Cleonice. 
Em entrevista ao Olhar Direto, Hellyvelton comentou que ainda em 2019 a família e os médicos suspeitavam que o caso da mãe não passava de um cisto branquial, nódulo benigno comumente retirado em cirurgia. "Na época tinha sido descartada a possibilidade de um câncer e tinham marcado a cirurgia. Até então estava tudo bem, era um nódulo indolor, pequeno e que não afetava em nada", conta o filho. 
Dependente do Sistema Único de Saúde (SUS), Vétto compartilha que precisou esperar aproximadamente seis meses para que a cirurgia de Cleonice fosse agendada. Apesar da data já marcada, a intervenção cirúrgica acabou tendo que ser adiada por duas vezes, sendo que em uma delas o médico responsável pela operação testou positivo para a Covid-19. 
O tempo foi passando, a demora foi aumentando e o nódulo que antes era indolor começou a incomodar a dona de casa. "O nódulo foi só evoluindo, e por conta disso ocorreu o travamento da mandíbula. Com isso ela parou de se alimentar, e nesse momento que ela começou a emagrecer drasticamente. Minha mãe pesava cerca de 90 quilos e por conta de tudo isso passou a ter 47 quilo", compartilha o jovem.  
Depois do retorno do médico, após se recuperar da Covid-19, Cleonice foi encaminhada para a retirada do nódulo, ainda em 2020. Apesar das expectativas positivas, na mesa de cirurgia o médico constatou que o nódulo estava diferente e cancelou a operação. A partir desse momento, a família foi orientada a buscar novos exames e confirmaram que se tratava de um câncer maligno.
O início da batalha 
A partir do diagnóstico positivo para câncer de cabeça e pescoço, Cleonice iniciou o processo de quimioterapia e radioterapia, no Hospital do Câncer de Mato Grosso, chegando a retirar todos os dentes para que fosse possível o tratamento. "Com ambos os tratamentos tivemos algumas respostas, mas não o esperado. Então iniciamos em fevereiro de 2021 um novo ciclo de quimioterapia, onde ela ia uma vez por mês e ficava aproximadamente oito horas no hospital", releva Vétto. 
Após cinco meses de quimioterapia, a médica oncologista que acompanha o caso de Cleonice pediu para que todos os exames fossem refeitos e constatou que o nódulo estava consideravelmente menor. Com isso, a dona de casa foi encaminhada para que o único especialista em câncer de pescoço e cabeça que atua no Hospital do Câncer, pudesse definir os próximos passos. 
Com a suspensão da quimioterapia em julho e o encaminhamento em agosto de 2021, a família passou a enfrentar um novo desafio: conseguir agendar uma consulta com o especialista. Com a demora, Cleonice passou a sofrer com novas consequências do câncer.
"Uns 15 dias depois que ela foi suspensa, o nódulo começou a inchar drasticamente, foi tudo muito rápido. Enquanto isso, a gente seguia na espera por uma consulta com o médico, porque para fazer qualquer coisa precisaria do aval dele. Então iniciamos uma verdadeira batalha para conseguir uma vaga", disse. 
Segundo Hellyvelton, em contato com a responsável pelo Núcleo Interno de Regulação (NIR), espaço onde são definidos os agendamentos pelo SUS, o médico especialista só teria vaga para dezembro. "Expliquei que a evolução da minha mãe estava muito rápida, e que precisávamos de algum direcionamento", compartilha. 
Ainda sem previsão definitiva para a consulta, dona Cleonice apresentou uma piora no seu quadro de saúde. "Na semana passada minha mãe começou a vomitar sangue, a língua dela começou a inchar e quando foi na terça-feira dessa semana, apareceu um nódulo na bochecha", conta. 
Nos últimos dias, a dona de casa chegou a ser internada, mas segundo Vétto o caso segue delicado e requer um atendimento especial. "A gente praticamente fica refém do próprio Hospital do Câncer, o que a gente vai fazer?", desabafa o filho. 
Neste sábado (4), após mobilização de amigos de Vétto, a dona de casa conseguiu passar por uma consulta médica. De acordo com o jovem, a mãe aguarda agora uma definição quanto ao dia em que será liberado o retorno de Cleonice para as sessões de quimioterapia. 
Campanha segue 
A campanha teve início na tarde desta sexta-feira (3) e rapidamente obteve engajamento de amigos, clientes e outras pessoas que se sensibilizaram com a luta de Cleonice e Vétto. Trabalhador autônomo, o jovem conta que apesar da situação financeira estável, bancar os custos do tratamento sem nenhum tipo de ajuda por parte do Governo tem sido um desafio. 
"Essas coisas de tratamento para o câncer, ainda mais da minha mãe que está se alimentando por sonda, ficam todas muito caras. Além disso, precisamos nos deslocar sempre para Cuiabá, e nisso vai mais o combustível do carro, então está bem difícil", disse. 
Questionado sobre os auxílios governamentais, como Auxílio Doença e Ser Família Emergencial, Vétto conta que tentou dar entrada em ambos, mas acabou não conseguindo por problemas dentro da assistência social de Santo Antônio do Leverger. O jovem revela que um dos auxílios chegou a ser negado após o CRAS do município esquecer de enviar um dos documentos no ato da solicitação. 
Diante da situação, o filho de Cleonice lançou a campanha e agora conta com a colaboração das pessoas que podem ajudar. As doações devem ser feitas pelo PIX (CELULAR): 65 98146-7854, em nome da mãe de Vétto. Os interessados em conversar com o jovem podem entrar em contato pelo telefone: (65) 99808-2895. Outras informações do caso podem ser encontradas no Instagram @vettonails.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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