O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou que a elaboração do edital para novo concurso das Polícias Civil e Militar está na reta final, com previsão de ser lançado em outubro deste ano. No sistema penitenciário, que já realizou concurso, também haverá chamamento, mas de acordo com a demanda.
Do último certame realizado em 2016 e homologado em 2018, para formar cadastro de reserva para o sistema penitenciário, existem centenas de pessoas no aguardo, fazendo pressões e cobranças ao longo do ano passado e deste ano. Nesse contexto, o governador ressalta que os investimentos no setor vão bem além de pessoal, passando por ampliação de unidades prisionais e criação de novas vagas para acabar com a superlotação dos presídios e penitenciárias.
“Ontem, chegou rifle que está entre os três melhores do mundo e nenhum Estado brasileiro tem esse rifle que Mato Grosso comprou. Estamos comprando armamento moderno, pistola Glock que é a mais moderna do mundo para as nossas forças policiais de Mato Grosso. É a Ferrari das pistolas. Estamos investindo muito em tecnologia, câmeras, sistemas para que possa melhorar a segurança pública custando menos. Vamos chamar gente sim, vamos contratar mais policiais, estamos só fechando os números lá”, explicou o governador na manhã desta quarta-feira (29) durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá.
Em relação às cobranças dos classificados para cadastros de reserva no sistema penitenciário, o governador deixou antecipou que o chamamento será de acordo com a necessidade, levando-se em conta as reformas e reestruturação da Penitenciária Central do Estado (PCE), a maior unidade prisional de Mato Grosso. “Na PCE tínhamos 800 vagas e mais de dois mil presos. Estamos construindo, demolindo raios antigos, construindo raios novos modernos eficientes, com celas e portas automáticas. O agente não tem contato com preso. Com três agentes, eu tomo conta de 432 presos. Está ficando mais eficiente e com isso vou precisar de menos gente. Estamos fechando as cadeias menores, fazendo trabalho para tornar o sistema mais eficiente, mais seguro e custando menos para o cidadão. Se precisar vamos chamar, se não precisar, eu não vou chamar”, colocou o governador.
De um modo geral, no contexto das cobranças feitas para lançar novos concursos e chamar classificados, o chefe do Palácio Paiaguás ponderou que é preciso agir com cautela, fazendo boa gestão do dinheiro público para evitar que a folha de pagamento volte a ficar “inchada” a ponto de o Estado sequer conseguir pagar salários e fornecedores como vinha ocorrendo nos últimos anos do governo Pedro Taques (SD) que terminou em dezembro de 2018. “Eles pedem um mundaréu de gente, mas eu digo espera lá, daqui a pouco vou inchar o Estado e essa conta vai para o bolso do cidadão ou vai voltar a ser aquele Estado que peguei em 2019, que mal dava conta de pagar salário. Vamos devagar, estou numa briga com eles (gestores e secretários), que precisam justificar pra mim linha por linha o que estão pedindo, eu concordando ou fazendo ajustes acredito que agora em outubro vamos finalizar isso e publicar o edital, vai ter sim o concurso. As demais categorias que tem ai concurso, vamos chamar quem precisa, não vou chamar se não estiver precisando”, enfatizou Mendes.
EDITAL FINALIZADO
De acordo com o govenador, os editais para o concurso das Polícias Civil e Militar estão sendo finalizados porque ele faz questão de acompanhar tudo para averiguar quais são as reais necessidades diante das demandas apresentadas por seus secretários. “Acredito que nos próximos 15 dias a gente feche isso lá. Estamos trabalhando para que a segurança fique melhor, seja mais eficiente, precisamos usar um pouco mais de tecnologia”, observou o gestor citando a compra de novas armas e sistema se monitoramento.
O número de vagas será anunciado nos próximos dias.