Policiais penais rejeitam proposta de 15% de aumento e entram em greve em MT

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Quarta, 15 Dezembro 2021 | FolhaMax
Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira, os policiais penais anunciaram que irão paralisar as atividades a partir de hoje. Os servidores rejeitaram proposta apresentada pelo executivo e mantiveram a decisão de paralisar as atividades.
A categoria não aceitou o valor repassado pelo Governo que sugeriu um aumento salarial de 15,27%, além de auxílio alimentação de R$ 450. 
A proposta foi recusada e o Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso, (Sindspen-MT) declarou greve da Polícia Penal em MT a partir desta quarta-feira (15). Ao todo, em Mato Grosso são 3 mil policiais penais.
Na assembleia geral, apenas quatro servidores votaram por acatar a proposta do Governo do Estado. 
A greve dos policiais penais foi anunciada no último dia 8 e tinha previsão de começar no domingo. Todavia, o Governo abriu negociação e a proposta foi apresentada nesta terça-feira, em reunião na Casa Civil. 
Contudo, a proposta foi rejeitada pela maioria da categoria. Como já havia anunciado a greve na última semana, a paralisação ocorre ainda hoje. Apenas serviços essenciais funcionarão nas penitenciarias e cadeias públicas do Estado.
A greve dos policiais deverá ser contestada pelo Executivo no Poder Judiciário. Isso porque, o Governo entende que os profissionais são da categoria da Segurança Pública e, pela Constituição Federal, são proibidos de fazer greve por se tratar de um serviço extremamente essencial.
DEIXOU A BASE
Servidor do sistema penitenciário e ex-presidente do Sindispen, o deputado estadual João Batista (PROS) esteve presente na assembleia da categoria e afirmou que não compõe mais a base do governador Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa (ALMT). A decisão foi tomada após a falta de posicionamento por parte do governo estadual quanto à atualização da tabela salarial dos agentes penais e equiparação com as outras categorias da segurança pública. 
“Fui convidado a ir para a base do governo, mas com o compromisso de que a gente estaria trabalhando projetos voltados para o funcionalismo, principalmente, essa questão da polícia penal. Não houve avanço na negociação e essa é minha base principal, são pessoas que acreditaram em mim e, portanto, me colocaram aqui na Assembleia”, disse o deputado ao FOLHAMAX.
João Batista colocou que já comunicou os representantes do Governo e outros deputados da sua decisão, destacando que é uma questão de “lealdade e coerência” estar ao lado dos policiais penais neste momento.
“Por uma questão até de lealdade, comuniquei o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, e os outros colegas parlamentares, e vou ligar para o governador Mauro Mendes para que ele saiba que sou leal às pessoas que me apoiam. Estamos saindo da base do governo e mantendo o compromisso de lutar pro aquilo que a gente acredita. É claro que mantendo o respeito ao governo e a todos os seus gestores, mas lutando por aqueles que a gente entende que precisam do nosso apoio”, acrescentou o parlamentar.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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