Estudantes de escolas municipais de Lucas do Rio Verde, no norte do estado, criaram um cão robótico durante aulas de tecnologia inclusas na grade escolar. O objetivo dessa inclusão nas unidades do município é incentivar os alunos a participem da Olimpíada Brasileira de Robótica.
O 'cão robô' se chama 'filhote' e foi projetado por alunos e professores que fazem parte do projeto. O estudante Gustavo Albuquerque, de 10 ano, estuda na Escola Municipal Caminho para o Futuro, e é um dos que ajudou a construir o mascote.
Para ele, o gosto pela robótica começou desde cedo, assim como o interesse pela ciência.
"Gosto muito de ciências, é uma das minhas aulas favoritas e gosto muito de informática também. Com as peças, a gente pode montar várias outras coisas, não só o que aparece no manual", disse.
Nas oficinas, os alunos projetam e constroem os robôs durante as aulas práticas. Por meio do computador, eles conseguem ver o passo a passo para montar as peças.
O ensino de programação e robótica também influencia e melhora o aprendizado de matérias da área de ciências humanas, além de melhorar a escrita e desenvolver a criatividade. Os alunos aprendem a organizar melhor as ideias e pensamentos, e assim conseguem estruturar com mais facilidade os textos, escrita e a comunicação.
Em Lucas do Rio Verde, todas as escolas da rede municipal participam do projeto e o trabalho começa com a capacitação dos professores.
De acordo com o professor Rafael Juy, os profissionais são preparados com oficinas e, depois, repassam o aprendizado aos alunos.
"Na sala de aula fazemos a formação com os professores, as oficinas, e eles saem preparados com as caixas de robótica para formar os alunos", explicou.
O município adotou uma nova disciplina que inclui as atividades de robótica. O conteúdo faz parte da grade curricular em escolas que funcionam em período integral e parcial.
Segundo a professora Naiane Laura, os estudantes gostaram da ideia e alguns produzem além do que é ensinado nas aulas.
"Foi um projeto super bem recebido, os alunos gostam muito. Nós deixamos eles produzir e muitos vão além do que é pedido", contou.