Com aumento dos casos de covid-19 em todo Brasil, órgãos públicos começam a recomendar uso de máscaras de proteção facial e em Mato Grosso não é diferente. O primeiro a estabelecer o retorno do acessório de biossegurança foi a Câmara Municipal de Cuiabá que, nesta quinta-feira (2), determinou o uso para todos os funcionários. O Centro de Operações em Emergência em Saúde Pública (COE-MT) também publicou normativa recomendando a utilização nas escolas de Mato Grosso.
Presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Cuiabá, o vereador Dr. Luiz Fernando (Republicanos), protocolou um Comunicado Interno para que os funcionários voltem a adotar o uso de máscara.
Médico há mais de 20 anos, Luiz Fernando enviou o documento para os gabinetes de todos os vereadores e solicitou que a presidência do parlamento municipal crie uma resolução para que a medida também seja adotada pelos visitantes.
NAS ESCOLAS
A baixa cobertura vacinal entre as crianças de 5 a 11 anos levou o COE-MT a recomendar a utilização de máscaras nas escolas de Mato Grosso.
A recomendação levou em consideração o fato de que apenas 16% do público infantil está com o esquema vacinal completo e tomou as duas doses recomendadas, conforme dados do Painel de Distribuição de Vacinas contra a Covid-19, mantido pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). Além disso, os dados oficiais confirmam que 64% das crianças aptas a ser vacinadas não tomaram nenhuma dose e 36%, apenas a primeira.
Já para o grupo de adolescentes – de 12 a 17 anos –, a cobertura vacinal em Mato Grosso é de 55%. Além da baixa vacinação, o aumento no número de casos e na média móvel da covid-19 alerta para a importância das medidas de biossegurança também para esse público.
“Quase metade dos adolescentes está com esquema vacinal incompleto. Precisamos reverter esse quadro”, aponta o secretário adjunto de Vigilância em Saúde, Juliano Melo.
De acordo com a SES, compete aos gestores municipais a decisão sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção individual em espaços públicos e privados, tendo como base as circunstâncias sanitárias locais. “Caso haja qualquer medida estabelecendo obrigatoriedade do uso, o governo divulgará”, afirmou a assessoria da SES.