Taques: "Os números não mentem; não vou bater boca com Silval"

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Terça, 13 Janeiro 2015 | Midia News

O governador Pedro Taques (PDT) minimizou as declarações do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), feitas recentemente à imprensa, de que deixou saldo em várias outras contas do Estado e que, juntas, somariam R$ 800 milhões.

Em visita à Secretaria de Estado de Educação, na segunda-feira (12), Taques afirmou que não irá “bater boca” com o antecessor.

“Os números não metem, e eles revelam o que já foi mostrado pelo secretário de Fazenda. Mostramos o valor que estava na conta, e o extrato do Banco do Brasil não mente. Portanto, não tenho motivo para ficar batendo boca com o ex-governador”, afirmou.

No dia 2 passado, o primeiro dia da gestão de Taques, o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, revelou, durante solenidade no Palácio Paiaguás, que encontrou apenas R$ 84 mil de saldo na Conta Única do Estado.

Segundo o secretário, foi feito um levantamento que constatou que, nos últimos dias do ano (29 30 e 31 de dezembro), foram feitos R$ 100 milhões em pagamentos. 

“De acordo com as informações do Banco do Brasil, a maior parte dos R$ 100 milhões foi para pagar empreiteiras”, disse Brustolin.

Para o governador Pedro Taques, ao revelar a situação do caixa do Estado, sua gestão não está promovendo uma caça às bruxas, devassa ou caixa-preta". 

"Estamos no pleno cumprimento da lei. A lei me dá este direito”, disse.

Sem atraso

Mesmo com a situação de baixo saldo na Conta Única, Taques afirmou que não irá atrasar o pagamento de fornecedores e servidores do Estado.

“Não vamos atrasar. Nós estamos trabalhando firme com o secretário Paulo Brustolin para que tenhamos recurso para pagar o servidor”, afirmou.

Recentemente, Taques já havia afirmado que o saldo de R$ 84 mil encontrado na Conta reflete a incapacidade de gestão do Governo anterior. 

Para ele, Silval contraiu empréstimos de maneira equivocada e também gastou da mesma forma.

“Qualquer cidadão que administra uma casa sabe que só pode gastar o que efetivamente ganha. Da mesma forma, o Estado só pode gastar o que ele arrecada, sob pena de comprometer, não só o presente, mas também o futuro. Emprestou-se mal, se gasta mal, e a nossa administração buscará resolver isso”, disse, há duas semanas.

Reação

Diante do cenário, Taques assinou cinco decretos, que, segundo ele, têm como objetivo “proporcionar o equilíbrio necessário nas contas do Estado, para que a sociedade tenha a garantia de que os serviços públicos, bens e obras sejam entregues do modo como foi pactuado”.

Os valores repassados por Silval Barbosa foram estornados pelo Banco do Brasil na mesma semana.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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