Manifestação pró-Petrobrás reúne só 350 pessoas; ato dura 20 minutos
A manifestação pelos direitos dos trabalhadores, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), nesta sexta (13), teve a adesão de apenas de 350 pessoas, segundo o coronel da Polícia Militar, Alves. O grande aparato policial, inclusive, em certo momento, foi mais notado que a própria manifestação. O percurso foi da Praça da República, passando pelas avenidas Getúlio Vargas, Barão de Melgaço e Isaac Póvoas, até chegar à Praça do Ipiranga. O percurso durou cerca de 20 minutos.
Na concentração, manifestantes discursavam acerca da democracia, reforma política, Caixa Econômica Federal 100% pública e, principalmente, da não privatização da Petrobrás. Os ativistas protestavam contra a possível privatização da Petrobrás, principalmente, com o surgimento denúncias de corrupção dentro da empresa mista.
Presente na caminhada, o candidato derrotado ao Governo, Lúdio Cabral (PT), negou que a mobilização seja uma resposta a que ocorrerá no domingo (15), às 16h, para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Essa manifestação não tem apoio para Dilma. Mas sim pautas definidas, inclusive, para dialogar com o Governo federal”, sustenta.
Lúdio salienta que o que fez ir ao protesto é em razão dos direitos trabalhista e pela tentativa de privatizar a Petrobrás. Afirma que os culpados devem ser punidos, mas que vê uma tentativa colocá-la nas mãos da iniciativa privada. “A Petrobrás é patrimônio do povo. E com a crise muitos querem se aproveitar dessa situação”, ressalta.
Já para o secretário-geral do PT, Valdir Barranco, é preciso respeitar a democracia, uma vez que durante a eleição a presidente Dilma foi escolhida pela maioria. “Não podemos permitir aqueles que perderam a eleição nas urnas, diante de todo um processo eleitoral, agora querem causar desestabilização e vim com argumentos fajutos pelo Impeachment”, dispara.
Na mesma linha, o ex-deputado estadual, Alexandre César (PT), afirma que as reivindicações e manifestações são da democracia, mas que é preciso respeitar as regras do jogo. “Não é possível que queremos fazer em manifestação pública a tentativa de subverter o que foi a decisão popular (eleição). Tentar essa manobra não me parece democrático. Pelo contrário, é extremamente autoritário e beira a pretensões golpistas”, dispara.
O presidente da CUT, João Dourado, lembra que a manifestação tem adesão do Movimento Sem Terra (MST), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Bancários e Movimento Estudantil. “O movimento marcado pelas centrais sindicais tem por objetivo defender a classe trabalhadora com a manutenção dos direitos trabalhistas como a retirada das Medidas Provisórias (MP´s) que restringe o acesso ao seguro-desemprego”, finaliza.