Jornal revela que ex-secretário e ex-deputado correm risco de morte em cadeia de Cuiabá
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e o ex-secretário de Estado, José Geraldo Riva (PSD) e Eder de Moraes Dias, respectivamente, presos por envolvimento em casos de corrupção podem ser mortos na cadeia onde estão presos, na Capital. A informação foi publicada neste sábado (23) por um jornal de grande circulação na Região Metropolitana de Cuiabá.
Os dois ‘ex-homens fortes’ do Estado de Mato Grosso podem ser alvos de uma suposta ação de ‘queima de arquivos. Segundo o jornal Diário de Cuiabá, há rumores de que o serviço de inteligência da Segurança Pública do Estado e da Polícia Federal teria detectado “risco para a integridade física de José Riva e Eder Moras”, diz trecho da nota publicada na coluna ‘Cuiabá Urgente’.
Riva e Moraes estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), local onde ficam detidos os presos que possuem ensino superior. Ainda segundo o jornal, não está descartada a possibilidade de agentes penitenciários federais fazerem a segurança dos dois no presídio.
Nos bastidores, comenta-se que a ação criminosa pode ter relação com as especulações de que os dois réus das operações “Ararath” e “Imperador” estariam articulando uma possível Delação Premiada, recurso legal para réus que queiram colaborar com as investigações das polícias e Ministérios Públicos em troca do relaxamento das penas, caso condenados.
Procurado pela reportagem, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh) informou que não tem conhecimento sobre a publicação do jornal, bem como de ameaças contra os dois detidos. Segundo a assessoria de impressa do órgão, em todo o Estado não há nenhum agente federal atuando dentro dos presídios.
ARARATH
O ex-secretário Eder Moraes foi preso pela segunda vez no dia 1º de abril, na sétima fase da Operação Arararth, deflagrada pela Polícia Federal. O Ministério Público Federal (MPF) teria descoberto que o réu estaria venda de imóveis com valores inferiores aos praticados pelo mercado, e transferindo bens para terceiros, com notório intuito de ocultar a real propriedade e impedir o cumprimento de decisão judicial de sequestro/arresto de bens.
IMPERADOR
Riva foi preso na Operação Imperador, a primeira do ano, que investiga um esquema de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro que teria desviado R$ 62 milhões da Assembleia Legislativa por meio de compras falsas de artigos de informática e papelaria, com apoio de empresas de fachada. Além do ex-deputado, sua esposa Janete Riva e outras 13 pessoas também foram denunciadas no esquema. O ex-parlamentar está preso há três meses.