“A forma como se deu a soltura do ex-parlamentar é suspeita. O próprio procurador-geral está preparando a denúncia”, disse a fonte.

O motivo da suspeição é que o ministro tenha beneficiado o réu. Riva é defendido por Rodrigo Mudrovitsch, advogado de Gilmar Mendes em vários processos e professor do Instituto Brasileiro de Direito Público, que tem Mendes como um dos sócios-fundadores.

O pedido de revogação da prisão foi protocolado pelos advogados Rodrigo Mudrovistch e Valber Mello por volta das 13h20 (horário de Brasília). Às 16h foram juntados novos documentos à petição e às 19h já foi divulgado o despacho de Gilmar Mendes. 

"Ad referendum da Turma para determinar a suspensão da ordem de prisão decretada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá/MT, na Representação Criminal 15072- 93.2015.8.11.0042", diz o despacho do ministro.

Na semana passada, a 2º Turma do STF decidiu pela soltura de Riva após um empate, no qual o voto de Gilmar Mendes foi decisivo. O ex-deputado estava preso há quatro meses. 

Nesta semana, Riva foi novamente preso na manhã de quarta-feira (1), por decisão da ministra Selma Arruda, e cumprida por agentes do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Na primeira prisão, ele foi acusado de desviar aproximadamente R$ 62 milhões, por meio de licitações fraudulentas. Na prisão de ontem, diferente da primeira denúncia, a operação afirma que encontrou indícios de um novo desvio de dinheiro. Segundo os autos, esse valor chega a R$ 10 milhões.