Riva sai da cadeia para festa de neta e vê absurdo de juíza de MT
O ex-deputado estadual José Riva acaba de deixar o Centro de Custódia de Cuiabá, onde estava preso desde ontem, quando foi deflagrada a “Operação Ventriloquo” pelo Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado). Ao contrário da última semana, não foi necessária ida do ex-deputado ao Fórum de Cuiabá para receber as medidas restritivas.
Isso porque, o ex-deputado continua utilizando a tornozeleira eletrônica determinada pela magistrada na ocasião em que deixou a prisão pela primeira vez. Ele ainda está cumprindo outras medidas restritivas, como impossibilidade de tirar passaporte e de deixar a comarca de Cuiabá sem comunicar a Justiça.
Riva ainda está proibido de se comunicar com outros envolvidos nas denúncias que pesam contra si. Ele só pode se relacionar com a esposa Janete Riva.
Na saída da unidade prisional, Riva informou que estava indo diretamente para o aniversário da neta. Em rápida fala, o deputado disse não temer voltar a prisão. “Fico feliz em sair e continuo acreditando na Justiça”, sintetizou.
Riva ainda alfinetou a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, que concedeu um mandado de prisão uma semana após ser liberado pelo STF. “É um absurdo o que aconteceu e por isso é importante o segundo grau de jurisdição”, declarou.
Riva foi beneficiado com um habeas corpus concedido na noite de ontem pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de comandar um esquema que desviou cerca de R$ 10 milhões na Assembleia Legislativa.
O ex-secretário geral da Asselmbleia, Luiz Márcio Pommot, também foi preso na operação. Outras 15 pessoas foram conduzidas coercitivamente a sede do Gaeco para prestar esclarecimentos de um esquema de corrupção através do pagamento de um crédito administrativo ao HSBC ao advogado Joaquim Mielli de Camargo, que se tornou delator.