Com três universidades, Várzea Grande receberá Parque Tecnológico de R$ 100 milhões
Várzea Grande irá receber o primeiro Parque Tecnológico de Mato Grosso, um investimento com custo estimado de R$ 100 milhões. O anúncio foi feito pelo governador Pedro Taques nesta segunda-feira (6), durante entrevista coletiva sobre o lançamento do programa Transforma Mato Grosso.
"Precisamos de um trabalho especial para a cidade e isso nós faremos. Não é uma homenagem à prefeita Lucimar [Campos], é uma homenagem ao cidadao de Várzea grande, que precisa. O Parque Tecnológico será em Várzea Grande", frisou Taques.
No começo do ano, o governo chegou a divulgar a informação de que o Parque Tecnológico iria para o município de Chapada dos Guimarães (64km de Cuiabá), devido a problemas judiciais envolvendo o terreno que teria sido doado em Várzea Grande, no bairro Chapéu do Sol.
Contudo, percebeu-se que Várzea Grande tem melhores possibilidades de receber o Parque Tecnológico, já que também serão instalados na mesma área um campus da Universidade Federal (UFMT), outro do Instituto Federal (IFMT) e um da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). Ou seja: reunindo as três maiores instituições de ensino e pesquisa do estado, a região do Chapéu do Sol será um polo de desenvolvimento científico e tecnológico.
"Ali existe uma área em que já se instalará a Universidade Federal [de Mato Grosso], só falta a construção da ponte do Rio Pari, que está no acordo de resultados do Marcelo [Duarte, secretário de Infraestrutura e Logística]. Existe um terreno para a Unemat ali em Várzea Grande", explicou o governador.
A implantação do Parque Tecnológico começou a ser discutida no governo Silval Barbosa (PMDB), que chegou a encomendar um estudo de viabilidade da Fundação Certi (Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras). O estudo foi apresentado ao ex-governador em maio de 2014 e as obras deveriam ter começado no início deste ano.
Se, finalmente, sair do papel, o local oferecerá estrutura de pesquisa para ser utilizada por universidades, centros de pesquisas e empresas para criar novas tecnologias, especialmente voltada a setores estratégicos do Estado.
"Será um local que terá empresas e universidades, com toda uma base física que poderá dar suporte a pesquisas e a processos de transferência de tecnologia, entre outras coisas. O que se espera de um local como esse é que, na verdade, nós tenhamos condições de alavancar de uma forma mais efetiva o desenvolvimento tecnológico e a inovação em nosso Estado", explicou Luiza Helena Trovo, secretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), em entrevista ao HiperNotícias em janeiro deste ano.
O Parque Tecnológico é um dos compromissos de campanha de Taques, que deverá se reunir com parceiros estratégicos para arrecadar os R$ 4 milhões necessários para iniciar o projeto. Entre os prováveis parceiros estão Sebrae, Fiemt, Aprosoja e MT Fomento.
Entretanto, serão necessários cerca de R$ 100 milhões para a instalação efetiva do primeiro parque tecnológico de Mato Grosso. Parte desse dinheiro virá do governo, enquanto outra parte deverá ser financiada pela iniciativa privada, universidades e órgãos de fomento à pesquisa.
"O parque tecnológico é um local onde a iniciativa privada e as universidades vão se encontrar, falando a mesma língua e respirando inovação. Não é a toa que em todos os lugares em que foram implantados, os parques tecnológicos foram um sucesso", explicou Flávio Teles, ex-presidente e atual diretor Técnico Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat).
Segundo o estudo da Fundação Certi, o parque deve ser implantado na região da Baixada Cuiabana, devido à concentração de universidades, empresas e mão de obra qualificada.