Chefe da Casa Civil prevê dificuldades em repasses para MT

Imprimir
+ Geral
Segunda, 07 Setembro 2015 | Midianews
O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, afirmou que a previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões no orçamento de 2016 da União pode causar dificuldades na liberação de financiamentos para Mato Grosso.
Entre os valores que o Governo do Estado espera receber estão R$ 720 milhões para o programa Pró-Concreto, destinado à construção e recuperação de pontes.
“Acredito que esse déficit irá trazer dificuldades para todos os Estados da Federação. Aqui podemos ter dificuldades na liberação de financiamentos. Mas, estamos esperando a liberação do FEX [Fundo de Apoio às Exportações], do MT Integrado, e o aval para o empréstimo do Banco do Brasil no valor de R$ 720 milhões. E espero que o Governo cumpra aquilo que nos apalavrou”, disse o secretário.
“Mas todo nosso planejamento não é feito contando com esses empréstimos. Se vier, ótimo, será um fôlego muito bom, mas não estamos contando com ele. Quando parcelamos o Reajuste Geral Anual (RGA), por exemplo, não estávamos contando com o FEX”, afirmou.
De acordo com Paulo Taques, o fato de a receita estimada ser menor que as despesas é mais uma razão para "apertar os cintos" no Estado.
O secretário ressaltou a contenção de despesas feita pela atual gestão desde o início deste ano.
“Para nós, isso só reforça a intenção de conter os gastos, sob todas as formas. Todo real economizado é importante. Temos que continuar segurando cada real que pudermos segurar, porque 2015 já está sendo muito difícil e 2016 vai ser apenas difícil, porque vamos tirar o muito”, disse.
“Primeiro, porque não se pode permitir nenhum tipo de ataque ou abalo ao salário dos servidores. O salário do servidor é sagrado. E segundo, só se deve gastar onde pode, economizar 100% onde pode, rever contratos, gastos, e torcer para 2015 acabar logo”, disse.
Equilíbrio das contas
O secretário Paulo Taques disse acreditar ser possível concluir o ajuste das contas até o final do ano. 
Entre os principais problemas está o déficit orçamentário deixado pela gestão passada, entre dívidas a serem quitadas com pessoal e custeio da máquina.
“Não sei se será possível fechar o orçamento no azul, porque não sei se iremos pagar todos os restos do Governo passado até o final do ano. Mas acredito ser possível fecharmos sob controle. Mas esta análise precisa ser cobrada mais a frente, no final de outubro”, afirmou.
Déficit
Na última segunda-feira (31), a presidente Dilma Rousseff (PT) entregou ao Congresso orçamento para o ano de 2016, com previsão de déficit (receitas menores do que despesas) de R$ 30,5 bilhões.
A proposta traz uma previsão de crescimento econômico de 0,2%. Já a inflação foi estimada em 5,4%.
O orçamento apresentado chegou a ser criticado pelo governador Pedro Taques (PSDB), que afirmou que o déficit declarado ofende a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impõe controle de gastos para a União, Estados e Municípios, de acordo com a capacidade de arrecadação de tributos.
“Esse orçamento com déficit ofende a Lei de Responsabilidade Fiscal. Porque a LRF manda que você apresente um orçamento de quanto você vai arrecadar e quanto vai gastar. Mas, se você já manda um orçamento dizendo que vai gastar mais do que irá arrecadar, demonstra que algo está errado”, afirmou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
Joomla 1.6 Templates designed by Joomla Hosting Reviews