Ex-deputado José Riva é preso pela terceira vez em 2015, acusado de desvio de R$ 2,6 milhões da AL
Atualizada às 19h30:
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) confirmou que o ex-deputado José Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), unidade para pessoas com nível superior no bairro Carumbé. No mesmo local, estão presos também o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários de Estado Marcel de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Indústria e Comércio), os três em função da Operação Sodoma, da Polícia Civil, acusados de cobrar propina para fraudar a concessão de incentivos fiscais.
Atualizada às 19h13:
A defesa do ex-deputado José Geraldo Riva, afirmou, por meio de nota, que por enquanto não se manifestará sobre o caso até que tenha pleno conhecimento dos motivos que levaram à nova prisão. A defesa afirmou que ele já cumpria medidas restritivas e não oferecia risco algum de fuga ou à sociedade. "Por enquanto não há o que declarar uma vez que ainda não tivemos acesso ao processo", disse o advogado Rodrigo Mudrovisch.
Atualizada às 19h02:
O coordenador do Gaeco, o promotor Marco Aurelio de Castro, confirmou à reportagem do Olhar Direto a prisão de José Riva. Ele informou, ainda, que foi expedido mais um mandado de prisão temporária, mas não confirmou o alvo e nem se o mandado foi cumprido. Segundo o promotor, a prisão de Riva foi um desdobramento da primeira fase da Operação Metástase, e mais detalhes sobre a prisão serão informados por meio de nota.
Às 18h48:
O ex-deputado estadual José Geraldo Riva foi preso nesta terça-feira (13) pela terceira vez em 2015. Ele foi preso quando estava indo para casa, na véspera do aniversário de um dos netos. A ordem teria sido dada pela juíza Selma Regina, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
A família do ex-presidente da Assembleia Legislativa confirma a prisão. A mais recente investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) resultou na Operação Metástase, na qual 22 servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso foram detidos temporariamente para conseguir mais informações sobre esquemas de desvio de verbas públicas, no valor estimado de R$ 2,6 milhões.
José Riva foi preso pela primeira vez este ano em 21 de fevereiro, às 14h30, em sua casa, na Operação Imperador, do Gaeco, que investiga um desvio de cerca de R$ 60 milhões do Legislativo envolvendo aquisições de fachada de material de papelaria. Ele passou 123 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), no bairro Carumbé, e foi solto no dia 24 de junho.
Em 1º de julho, após passar seis dias em liberdade, ele foi preso novamente pelo Gaeco na Operação Ventríloquo, que investigou o desvio de R$ 9,6 milhões da Assembleia Legislativa por meio de pagamento simulado ao banco HSBC, em função de dívida com o Seguro Saúde Bamerindus. Riva foi solto cerca de 30 horas depois, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
As três prisões foram determinadas pela juíza Selma Rosane de Arruda, da 7 ª Vara Criminal de Cuiabá.