Garimpeiros ainda trabalham em escavação que desmoronou em Pontes e Lacerda
Não foi o desmoronamento ocorrido na tarde de ontem, na Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda, que fez os garimpeiros da região abandonarem o trabalho. A busca pelo ouro continua a e não foi interrompida nem mesmo no local do acidente. A equipe do Olhar Direto registrou na manhã desta terça-feira, 20, a movimentação na frente de trabalho que sofreu um deslizamento de terra, uma das mais avançadas do local, que ficou conhecido nas últimas semanas como a “Nova Serra Pelada” devido ao grande fluxo de garimpeiros em busca de ouro.
Apesar de ainda ter movimento registrado na manhã desta terça-feira, o fluxo é muito menor que o registrado na última semana, quando a cratera se destacava como a principal do início da Serra do Caldeirão, com dezenas de pessoas trabalhando na escavação e e na retirada da terra com possíveis resquícios de ouro, o chamado e disputado “reco”.
Cinco pessoas acabaram feridas com o delizamento de ontem. O acidente causou grande comoção na cidade e levou centenas de curioso para a porta do Hospital santa Casa, local em que os feridos foram tratados. A informação de mortes, divulgada inicialmente nas redes sociais e por alguns veículos de comunicação, causou revolta nos garimpeiros.
O Corpo de Bombeiros fez o resgate das vítimas do acidente e comunicou o ocorrido para a Santa Casa e para a Secretaria Municipal de Saúde. Sem ter noção do tamanho do problema, o órgão municipal chegou a contatar cidades vizinhas como Vila Bela da Santíssima Trindade e Campos de Julho para possível reforço, o que acabou se provando desnecessário.
De acordo com a direção da Santa Casa, todos os garimpeiros encaminhados para a unidade eram jovens. O mais moço deles, tem 26 anos. O ferido com maior gravidade, teve uma lesão no ombro. Todos já foram liberados pela unidade de saúde.