Éder chama Silval de craque e vê falta de coragem do atual Governo

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Terça, 10 Novembro 2015 | FolhaMax
Em depoimento neste momento a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga irregularidades na execução das Obras da Copa do Mundo em Mato Grosso, o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil e Copa do Mundo, Éder de Moraes Dias, criticou duramente a postura do deputado federal Adilton Sachetti (PSB). "É uma insanidade e um despreparo total chegar aqui e dizer que algumas obras eram desnecessárias para Cuiabá e Várzea Grande. Tínhamos recursos para obras de infraestrutura e não educação. Os recursos eram carimbados e não podiamos mudar sua destinação", afirmou ao questionar as declarações do parlamentar socialista dadas no mês passado na mesma investigação realizada pelos parlamentares.
Éder Moraes ainda criticou a postura dos ex-diretores da Agecopa, extinta em 2011, por não excecutarem as obras devido ao fato da existência de vários "caciques" ocupando cargos por indicação do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR). "Não conseguiram tirar nada do papel e via-se um estado de letargia na agência. Então, entrei lá e acabei com a tese do que todo mundo mandava e tiramos tudo do papel. Ninguém teve a coragem de enfrentar os problemas. Quem critica que Cuiabá não precisava de obras, fazia discurso estrábico com mentalidade tacanha", lembrou.
O executivo também salientou que a Agecopa travou a conclusão de várias obras relacionadas a Copa. "A Agecopa não conseguiu reformar pintar sequer a quadra ao seu lado que era uma reivindicação dos moradores do bairro Duque de Caxias", comparou.
Em relação ao VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o ex-secretário explicou que mudança de modal foi uma decisão política do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) após sugestão do ex-presidente da Asembleia Legislativa, José Geraldo Riva (sem partido). Os dois estão presos hoje em decorrência, respectivamente, das operações Sodoma e Metástase - Célula Mãe.
Éder Moraes ainda revelou que ao assumir a Agecopa anulou gastos de R$ 55 milhões que seriam destinados para contratação de consultorias. Ele ainda explicou que qualquer obra executada em decorrência da Copa tinha um "acompanhamento policial" devido aos orgãos de controle existentes dentro da própria Secopa.
Sobre a polêmica contratações de conjuntos de vigilância da fronteira, sendo que cada um custaria cerca de R$ 2,5 milhões, o ex-secretário considerou um "erro histórico" a anulação da compra após descoberta de irregularidades. "Poderíamos ter feito o fechamento simbólico da fronteira. Ouvi dizer que os traficantes bolivianos comemoraram e muito quando o Estado desistiu de comprar os equipamentos", assinalou.
SECOPA, TAQUES E SILVAL
O executivo revelou que deixou a Secopa em abril de 2012 por questões políticas após a suposta descoberta do "Escândalo das Land Rovers". "Houve uma perseguição contra minha pessoa por um grupo de comunicação que tinha um então pré-candidato a prefeito que temia que eu disputasse o palácio Alencastro e fosse eleito diante do fato de que as obras estavam andando rapidamente", frisou numa referência ao empresário João Dorileo Leal, dono do grupo Gazeta de Comunicação e, de novo, pré-candidato a prefeito desta vez pelo PSDB.
Para Éder Moraes, o volume de obras executadas foi em decorrência da capacidade de articulação do ex-governador Silval por recursos federais. "O Silval foi craque em conseguiur tudo em Brasília que conseguimos para mudar Cuiabá. Pena que quem houve um encastelamento de obras", asseverou.
Na opinião do ex-secretário, para a conclsuão das obras da Copa, falta apenas coragem do governador Pedro Taques (PSDB). "Está havendo covardia e falta de coragem de jogar limpo. Não conseguiram fazer um dreno no viaduto da UFMT. É bom que a sociedade verifique o que foi gasto com consultoria pelo atual governo. O estudo de viabilidade do VLT está pronto. Existe um medo de tomar medidas e já se vão 25% do mandato do governador. Quais as obras feitas com recursos próprios", disse.
Éder Moraes diz estar indignado com o estilo do atual governador. "Todo mundo tem medo de ir preso. Posso terminar meu depoimento e ir preso. Todos têm medo de expor suas opiniões. O governo tem que ter menos falácia. Se provar que houve desvio de dinheiro público, prenda. Me acusaram de atrocidades que não se prova no papel", disse.
O ex-secretário se defendeu das acusações relacionadas a "Operação Ararath" sobre supostos pagamentos de R$ 100 milhões para a empresa Encomind Ltda."Hoje, 100% das obras executadas em Mato Grosso são do antigo Governo. Mudaram sorretariamente o nome do MT Integrado para Pró-Estradas. Isso me irrita. Vou provar minha inocência em cada um dos processos. Graças a Deus, existe o duplo grau de jurisdição", sintetizou.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
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