Servidores do Detran param na segunda
Em assembleia geral da categoria no final da tarde desta quarta-feira, os servidores do Detran de Mato Grosso decidiram retomar a greve na próxima segunda-feira. A categoria cobra que o Governo atenda a reivindicação de nomear pelo menos 70% dos concursados antes de finalizar o ano de 2015, e o restante em junho de 2016.
Em audiência de conciliação no Núcleo do Tribunal de Justiça na tarde desta terça-feira, com a presença do Procurador Geral do Estado, Patryck Ayala, Secretário de Gestão, Júlio Modesto e o presidente do Detran Rogers Jarbas, o Governo manteve a proposta de nomear 30 concursados neste ano e o restante de forma gradual até 2018.
Diante da falta de avanço, os servidores decidiram retomar a greve e aguardam uma nova proposta do Governo. “A categoria decidiu que não vai abrir mão de lutar pela pauta de melhorar as condições de trabalho dos servidores, o que beneficia a população. Com mais servidores o atendimento melhora e as filas diminuem”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores do Detran, Daiane Renner.
A sindicalista critica a intransigência do Governo em avançar nas negociações. “O Governo está tentando impor sua vontade sem se importar com o usuário que merece um atendimento de qualidade de uma autarquia que arrecada mais de R$ 1,5 milhão por dia, custeia outros órgãos e para o Detran mesmo, não retorna nenhum benefício para a população”, acusa Daiane.
OUTRO LADO
O Governo do Estado afirmou que está impossibilitado de realizar todas as nomeações ainda neste ano. A alegação é de que o chamamento vai estourar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em relação as outras reivindicações, está sendo realizada uma pauta preliminar das ações que serão executadas para atender as reivindicações dos servidores com relação ao controle de ponto, a estrutura das unidades descentralizadas, a saúde do servidor e outros temas tratados em assembleia.
O Governo destacou ainda que a greve do Detran já foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A multa diária imposta ao sindicato, em caso de descumprimento, é de R$ 200 mil por dia.