Taques é o único dos 27 governadores do país a apoiar o impeachment de Dilma
Dos 27 governadores do país, apenas o mato-grossense Pedro Taques (PSDB) se manifestou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), conforme levantamento realizado pelo jornal Folha de São Paulo, divulgado nesta segunda-feira (7). Conforme o jornal, 15 governadores são contrários e outros nove preferiram não se manifestar. Dois não responderam à reportagem.
A posição de Taques não é nenhum segredo, pois o tucano tem falado desde o começo do ano que é contra o governo Dilma e um dos motivos que levou à sua ruptura com o Partido Social Democrático (PDT), em agosto deste ano, era exatamente o apoio dado pela sua antiga legenda à gestão petista.
O curioso é que os atuais correligionários ainda não se posicionaram sobre a questão do impeachment, muito embora saiba-se que não estão satisfeitos com o atual governo. À Folha, o governador Beto Richa (PSDB), do Paraná, disse que "ninguém é a favor ou tem o prazer de defender o afastamento. Até porque somos democráticos e respeitamos os resultados das urnas".
O maior motivo para a falta de manifestação pró-impeachmente é o efeito da crise política sobre a economia brasileira, sobretudo no momento de recessão que o país atravessa. Quanto mais instável o ambiente político, mais incerto fica o ambiente econômico.
Dilma deve convidar os governadores para encontros em Brasília a partir desta semana, com o objetivo de ampliar sua base de apoio. Desde setembro que a presidente vem tentando aproximar-se dos gestores estaduais, quando propôs a recriação da CPMF.
Atualmente, o apoio à presidente é maior no Nordeste, onde oito dos nove governadores da região chegaram a assinar, nesta quinta (3), uma carta de repúdio à abertura do processo de impeachment. Historicamente, o Nordeste é a maior base eleitoral do PT e foi a principal fonte de votos de Dilma tanto em 2010 quanto em 2014.