Operação prende ex-secretário, ex-assessora e empresário em MT
O ex-secretário de Administração do estado, César Zílio, foi preso nesta sexta-feira (11), durante a segunda fase da Operação Sodoma, da Delegacia Fazendária, em Cuiabá. Na primeira fase dessa operação, foram presos o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), os ex-secretários de Fazenda e de Comércio, Minas e Energia do estado, Marcel de Cursi e Pedro Nadaf, em setembro do ano passado. Todos continuam presos até hoje.
Dois mandados de prisão são contra Cursi e Nadaf, Karla Cecília de Oliveira Cintra, ex-assessora de Pedro Nadaf, e o empresário Williams Paulo Mischur, segundo a Polícia Civil. Eles foram levados para a Defaz, que fica na mesma da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz). Até a publicação desta reportagem, o G1 não havia localizado os advogados desses presos.
O advogado de César Zílio, UIisses Rabaneda, afirmou que a hipótese é de que a prisão seja por conta de um terreno em nome do pai do ex-secretário. Disse ainda que a defesa vai pedir acesso às investigações antes dele ser ouvido.
A operação apura a existência de um esquema de concessão ilegal de incentivos fiscais, na gestão dele, entre 2011 e 2014.
Também foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva, segundo a Polícia Civil. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa e no escritório do ex-secretário de Administração do estado, César Zílio. O advogado de Zílio, Francisco Faiad, afirmou que ainda não teve acesso ao teor das investigações.
Entre os conduzidos para depor estão o empresário José Benedito Castrillon, o representante comercial Flávio Montenegro e o empresário Evandro Gustavo Pontes da Silva, dono de uma gráfica. O advogado deles, Vinicius Segatto, informou que eles foram ouvidos porque são testemunhas de um contrato de compra e venda de uma grande área em Cuiabá. Os dois foram liberados após depoimento. Já a defesa de Evandro alegou que irá se inteirar do teor das investigações.
O esquema, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), era liderado pelo ex-governador Silval Barbosa e consistia em fraudes na concessão de benefícios fiscais em troca de propina, algumas mediante extorsão.