Cuiabá e mais de 10 cidades de MT têm protestos contra Dilma e Lula
Protestos contra a presidente Dilma Rousseff e contra o PT foram realizados em Cuiabá e em pelo menos 12 cidades do interior do estado, neste domingo (13). Na capital, os manifestantes se reuniram na Praça Alencastro, em frente à Prefeitura da capital, e seguiram pela Avenida Getúlio Vargas até a Praça Oito de Abril, num percurso de aproximadamente 2 km. Segundo os organizadores, cerca de 40 mil pessoas participaram da manifestação. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) estimou 32 mil.
A manifestação em Cuiabá foi acompanhada por 700 policiais, segundo a Polícia Militar. O protesto foi coordenado pelos movimentos "Muda Brasil", "Vem pra Rua", "Avança Brasil" e "Gigantes Brasileiros". Manifestantes levaram bonecos infláveis da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula vestido de presidiário em trio elétrico.
Durante a caminhada, os manifestantes gritaram: "Dá-lhe, dá-lhe Moro", "Fora Dilma", "Fora PT", "Parabéns, [juiz Sérgio] Moro" e "Parabéns, Selma Rosane". Selma Rosane é a juíza que decretou a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Riva, e de outros políticos do estado.
Um dos manifestantes, o representante comercial Jânio Modesto de Oliveira, 54 anos, aproveitou a oportunidade para colher assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular batizado de “Corrupção nunca mais”. Em Mato Grosso, segundo ele, já foram colhidas mais de 30 mil assinaturas e a expectativa é obter o apoio de mais de 1 milhão de pessoas.
Para simular a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e "a morte" da presidente Dilma, o agente ambiental Creverson London arrecadou dinheiro e construiu uma espécie de cadeia e levou um caixão para a manifestação. "Estamos indignados com esse governo. O povo precisa sair de casa e pedir o impeachment. Chega de ficar em cima do muro", declarou. Ele gastou R$ 650 e demorou quatro dias para fazê-los.
Além de Cuiabá, cidades do interior do estado também têm manifestações. No período da manhã, houve protesto em Barra do Garças, a 516 km da capital, que reuniu, segundo a Polícia Rodoviária Federal, cerca de 200 pessoas. Os organizadores, no entanto, estimaram público de 800 pessoas.
À tarde, foram registrados atos em Sinop, Tangará da Serra, Nova Mutum, Rondonópolis, Alta Floresta, Barra do Bugres, Campo Novo do Parecis, Sorriso e Primavera do Leste.
Em Sinop, os organizadores informaram que o ato contou com a participação de 10 mil pessoas e, segundo a Polícia Militar, 6 mil pessoas foram às ruas naquela cidade da região Norte do estado. Trinta e cinco policiais acompanharam o protesto. Já em Tangará da Serra, a estimativa de público foi a mesma da PM e da organização. Ambos apontam 6 mil.
Barra do Bugres e Campo Novo do Parecis registraram a mesma quantidade de participantes: 50.
A manifestação em Rondonópolis contou com 1.000 pessoas, conforme a Polícia Militar, e 1.500, na avaliação dos organizadores. Em Sorriso, segundo a PM, o ato reuniu 1.500 pessoas. Alguns levaram os cães de estimação para o protesto.
Na tarde deste domingo, em Nova Mutum, um ato contra a presidente Dilma contou com a presença de 500 manifestantes, de acordo com a estimativa da PM, 1.000, segundo os organizadores.
Cerca de 3 mil pessoas estiveram presentes na manifestação que aconteceu em Primavera do Leste, segundo a organização. Já a PM avalia que 2.500 tenham aderido ao ato, que ocorreu de forma tranquila. Os manifestantes percorreram as ruas e avenidas e seguiram até o Lago Municipal, com cartazes, faixas e carros de som pedindo o impeachment da presidente.
Cáceres também teve protesto. De acordo com PM, 400 pessoas participaram da manifestação. E, em Sapezal, o ato reuniu 300 pessoas, aponta estimativa da Polícia Militar.
O governador Pedro Taques (PSDB) também participou da manifestação. Durante o percurso, ele e a primeira-dama do estado, Samira Martins, pararam para tirar foto com os manifestantes.